Os estragos causados pela última enchente do Rio Tubarão totalizaram um prejuízo de R$ 92 milhões, em diversos setores, como agricultura, pecuária, indústria, serviços, infraestrutura, saúde e educação. O levantamento foi feito pela prefeitura e entregue ao governo do Estado.
Embora os prejuízos sejam grandes, temos a comemorar o fato de ninguém ter morrido. Mas ficou o alerta de que se tivéssemos um pouco mais de chuva os estragos seriam bem maiores. E se a enchente desse ano tivesse sido igual à de 1974? De quanto teria sido o prejuízo?
Quantas mortes estaríamos chorando dessa vez? Só isso já bastaria para o governo estadual autorizar de uma vez a dragagem do Rio Tubarão. Por mais caro que seja, com toda certeza, será muito mais barato do que ter de reconstruir a cidade atingida por uma grande enchente.
Além dessa questão matemática e de lógica, estamos contra o tempo. O projeto de impacto ambiental, pelo que se sabe, expira no próximo mês de agosto. A obra precisaria ser iniciada até esse mês, ou ficaríamos dependentes de novos estudos por parte dos órgãos ambientais.
O ciclone atípico dessa semana mostrou que a mudança climática traz eventos extremos com mais frequência, capazes de provocar grandes perdas. Nós só podemos rezar. Já o nosso governador pode autorizar a dragagem do rio e evitar danos materiais e muitas mortes.