Santa Catarina tem uma tradição de eleger políticos de direita e, contra Lula, os oportunistas que visam se eleger abraçaram o bolsonarismo e tudo o que ele tem de insanidade, como a guerra contra as vacinas e as urnas eletrônicas, por exemplo.
Mas com a iminente prisão de Bolsonaro, e a visível queda de popularidade dele, constatada a cada comício na Avenida Paulista, o que eu mais ouvi este ano foram elogios ao governador paulista Tarcísio, considerado alguém, digamos, equilibrado.
A direita precisa encontrar um novo líder, que não seja da família Bolsonaro, pois a rejeição alcança inclusive os filhos, uma vez que Bolsonaro impôs a candidatura de um deles ao Senado por Santa Catarina e teve forte rejeição aqui no estado.
Esse líder naturalmente é o governador do estado mais rico e populoso do país. Por ter sido diretor do DNIT no governo Dilma, Tarcísio sempre se vendeu como alguém mais centrado, sem os absurdos do terraplanismo, nem sendo maluco de quartel.
Essa imagem desabou nos últimos dias, quando ele comemorou o ataque ao país que ele pretende presidir. Certamente, reforçou sua imagem junto aos adoradores de pneu, mas para vencer a eleição também precisa conquistar votos do centro.
Tarcísio agora está sendo visto como traidor da pátria – junto com o clã Bolsonaro. Para vencer a eleição, a direita precisa achar alguém que não comemore ataques aos empresários e aos trabalhadores brasileiros. Precisa de um patriota de verdade.
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