Conta-se que na formação do seu exército Napoleão classificava os soldados em quatro grupos: os inteligentes com iniciativa, os inteligentes sem iniciativa, os ignorantes sem iniciativa e os ignorantes com iniciativa.
Aos inteligentes com iniciativa, o general francês dava as funções de comandantes, generais, estrategistas. Os inteligentes sem iniciativa ficavam como oficiais que recebiam ordens superiores, e as cumpriam com diligência.
Os ignorantes sem iniciativa eram colocados à frente da batalha, os chamados buchas de canhão. Os ignorantes com iniciativa Napoleão desprezava e não os queria em seus exércitos.
Vivemos num país governado por um capitão que também seria expulso do exército de Napoleão. E quantos mais nesse Brasil inacreditável de hoje seriam desprezados pelo general francês, e estão mais para Napoleão de hospício?
O que sobrou para nós deste insano Sete de Setembro? O dólar disparando e a Bolsa despencando, o que significará mais aumentos de preços no curto prazo. Uma crise política e uns irresponsáveis fechando rodovias, gerando desabastecimento e desordem.
Esse protesto de caminhoneiros não é para reclamar do altíssimo preço do diesel, nem da carestia, mas para pedir o fechamento do STF e defender outras pautas antidemocráticas. Foram usados como massa de manobra, os buchas de canhão.
Espera-se que apareçam os poucos inteligentes com iniciativa que sobraram e recoloquem o país no rumo. Ou temos de concordar com Nelson Rodrigues: “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos.”