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BLOGS E COLUNAS

O que Elon Musk tem a ver com dona Fátima e Camila Marques

08/04/2024 17h23

Elon Musk pode falar o que bem entender. Pode dizer que não vai cumprir decisões judiciais. Fora do Brasil, ele sabe que pode ser um fora da lei também, porque a lei brasileira não lhe alcança. Suas ameaças podem ser uma estratégia para desativar o antigo Twitter no país, que hoje vale 70% menos do que quando comprou. Sair como vítima de perseguição da Justiça, de paladino da liberdade de expressão, seria melhor para ele do que falir o X no Brasil.


Este bilionário pode fazer o que quiser, até mesmo continuar a brincar de viagens espaciais com seus colegas trilhardários, enquanto vê os chineses ameaçarem a Tesla com carros elétricos muito mais baratos. Tem apoio popular para continuar faturando alto com a propagação de mentiras, especialidade das redes sociais, que monetizam em cima de notícias mentirosas e sensacionalistas. Tudo isso junto traz audiência, engajamento e publis.


O problema é que pessoas comuns, aqui na base da pirâmide, compram essa ideia tresloucada de que decisões judiciais devem ser descumpridas, e as instituições, desrespeitadas. Aí vemos gente como dona Fátima, ou a empresária Camila Marques, irem até Brasília para depredar os Três Poderes, e serem presas porque foram enredadas neste discurso de ódio, propagado nas redes sociais: a manutenção de um grupo político no poder, a extrema-direita.


Pelo menos ficou claro nesta tentativa do bilionário querer mandar no nosso país e nossas instituições que é urgente a regulação das redes sociais. Conteúdo criminoso precisa ser removido. O que é crime no mundo real precisa ser crime no mundo virtual. Na Europa, não são mais aceitas postagens racistas, ou que incitem a violência contra a mulher ou crianças, indução à mutilação e ao suicídio, ao terrorismo, golpe de Estado e infração sanitária.


As redes sociais não podem ser reduto de criminosos e oportunistas, que faturam alto em cima da propagação da mentira. Embora o dono do X se julgue acima das leis, são as redes sociais que devem se submeter às leis de um país, e não o contrário. Isso vale para o dono e mais ainda para os usuários, como agora sabem muito bem aqueles aloprados que invadiram e depredaram os Três Poderes, na tentativa de golpe. Não caia nisso você também.



LÚCIO FLÁVIO
Lúcio Flávio de Oliveira
Diretor de Redação do Sul Agora. Lúcio Flávio de Oliveira é formado em Comunicação Social (Jornalismo) e Direito pela Unisul e tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV.
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