Com a morte do Papa Francisco, ocorrida logo depois da Páscoa, os golpistas ressuscitarão as fake news do fim do mundo. Até que o novo papa seja escolhido, ainda ouviremos muito sobre a profecia do último papa e de São Malaquias, coitado.
Os espertalhões precisarão encontrar outra mentira para espalhar sobre o fim dos tempos. Essa atribuída a São Malaquias perderá a validade. A do calendário maia, de 2012, ficou para trás; assim como a de que o mundo não viraria o ano 2000.
O problema nem é esse. Com a morte de Francisco, corremos o risco de ter um papa conservador. É o que o mundo menos precisa, no momento histórico que estamos vivendo, com o retrocesso civilizatório imposto pela extrema direita.
A simples saída de cena de um personagem do tamanho histórico do Papa Francisco, por si só, já representa uma grande perda. O mundo anda tão virado ultimamente que católicos chegaram a dizer que o papa era comunista, por praticar a caridade.
O papa se foi, mas ainda estão por aqui ditadores e autocratas, que mantêm o mundo em guerra e sob risco. É aquela velha quadrinha: “Ó morte, tirana morte, contra ti tenho mil queixas: quem deves levar, não levas; quem deves deixar, não deixas”.
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