Em muitas cidades do Brasil, notadamente nas capitais, a discussão principal nas eleições deste ano será a comparação entre os governos de Lula e Bolsonaro. Em Tubarão, a discussão parece que será sobre o legado da administração de Joares Ponticelli.
A linha foi riscada desde que o deputado Estêner Soratto disse numa entrevista ao Dura, na Rádio Tubá, que nesta eleição iria compor com qualquer partido, menos com o PT, por óbvio, e com o PP de Joares, por conta da Operação Mensageiro.
Parece ser algo pessoal, uma vez que Soratto não impôs qualquer condição para tentar atrair o União Brasil para sua composição, onde está filiado o ex-vice-prefeito Caio Tokarski, que também responde na Mensageiro, tanto quanto Joares.
Soratto também negociou uma aliança com o PSD, que comanda a prefeitura atualmente e estava no governo juntamente com o PP de Joares, à época da Operação. O próprio PL, partido do deputado, integrou desde o início o governo Joares/Caio.
Com isso, fica claro que um dos temas a ser debatido nesta campanha será o legado de Joares. O simples anúncio, na coluna de Arilton Barreiros, de que Joares poderia vir a ser candidato a vereador já causou muita repercussão no meio político.
A eleição deste ano pode marcar também outro rompimento político: caso o PP confirme a coligação com Stüpp, e o União Brasil com Soratto, deixará Joares e Caio em lados opostos. Uma parceria vitoriosa que iniciou em 2016 será desfeita.