Como explicar, no futuro, que o Brasil foi chantageado por um presidente norte-americano que se acha o dono do mundo e brasileiros saíram num domingo à tarde, em várias cidades, com bandeiras dos EUA e segurando faixas e cartazes escritos “Thanks, Trump”?
Pior: muitos querem que os EUA invadam o Brasil, ao ostentarem placas como “Help, Trump” e “SOS, Trump”. São os mesmos que acampavam diante dos quartéis, pedindo intervenção militar e a volta do AI-5, que culminou na tentativa de golpe do 8 de Janeiro.
Fazer protesto, pedir anistia para Bolsonaro, que está enrolado até o pescoço na Justiça, vá lá, é do jogo democrático. Mas ajoelhar-se perante a bandeira do país agressor? Imagine se os ucranianos fizessem manifestações agradecendo ao presidente da Rússia pela guerra.
Esses certamente não sabem que pagarão o preço, mas os políticos sabem muito bem as consequências para os empresários e para a população. Hoje, Eduardo Bolsonaro, o filho zero alguma coisa, é um traidor da pátria. Trabalha todos os dias para prejudicar o Brasil.
Presidenciáveis da direita, como os governadores Tarcísio, Ratinho Jr., Zema e Caiado, passaram longe desta loucura, para não terem a imagem associada a inimigos do país. Para eles, o futuro em que terão de se explicar é logo ali, na campanha do ano que vem.
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