O governador Jorginho Mello disse nesta semana que não iria deixar meia dúzia de pessoas manchar a imagem do programa Universidade Gratuita. “São mais de 40 mil alunos que não teriam uma oportunidade se o estado não bancasse as mensalidades”.
Jorginho foi gerente no antigo Besc, quando chegou a morar em Tubarão e estudou na UniSul. Por isso, espanta que seja tão ruim com números, como tem demonstrado. E nem vou falar dos prometidos (e nunca cobrados) 1000 vezes mais para Tubarão.
O Tribunal de Contas do Estado apurou inconsistências em mais de 18 mil inscrições no Universidade Gratuita – e não apenas em meia dúzia, como contou o governador. Isso, num total de 32 mil alunos (e não 40 mil, como superestimou Jorginho).
Estamos falando em mais da metade do total de inscritos no Universidade Gratuita, um prejuízo de R$ 324 milhões ao estado. Por dez vezes menos, ou R$ 33 milhões, o ex-governador Moisés tem de responder até hoje pelos respiradores.
Talvez Jorginho tenha deixado na conta, para chegar a esses 40 mil, os milhares de alunos da UniSul que foram cortados do programa. Esses, terão de estudar em outra universidade para terem desconto na mensalidade – talvez na Unesc, em Criciúma.
Enquanto isso, a imprensa publica que a filha de um prefeito do PL teve a bolsa renovada este ano para cursar Medicina na Univali, mesmo após declarar uma renda familiar de R$ 37.808,23 mensais. Deve ter sido só mais um errinho de conta do governo.
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