Aumentaram bastante o disparo de fakes news sobre as pesquisas eleitorais, numa tentativa desesperada do gabinete do ódio de desacreditar os institutos, unânimes em apontar uma derrota de Bolsonaro nas eleições de outubro. O pânico do capitão é visível por seu descontrole nas entrevistas, pelo ataque constante às urnas e ao STF. Se as pesquisas fossem mesmo mentirosas, por que o capitão estaria morrendo de medo de perder a eleição?
Curioso esse pessoal não acreditar em pesquisas, na imprensa, na Justiça, na OMS, na Ciência, mas acreditar bovinamente que a Terra é plana e, mais recentemente, na existência de uma civilização perdida na Amazônia. Na foto que abre a coluna, o ministro da Cultura, Mário Frias, recebe em seu gabinete Urandir Fernandes de Oliveira, que lhe explica sobre “Ratanabá”, que teria existido há 450 milhões de anos na Amazônia, e teria sido a capital do mundo.
Urandir é o mesmo homem que criou anos atrás o boato do ET Bilu, e defende que a Amazônia não queima, tese que chegou a ser levada por Bolsonaro na abertura da Assembleia Anual da ONU. É esse tipo de gente doida que costuma receber atenção no atual governo. Enquanto isso, gente do bem, mas do bem mesmo, como Bruno Araújo, o maior indigenista da sua geração, foi exonerado da Funai por este governo, que é contra tudo que é do bem.
Sobre o jornalista Dom Philipps, Bolsonaro disse que ele era “malvisto na região”. Era malvisto por quem descumpre a legislação, isso sim. Aliás, é só ver: em quem votarão os madeireiros ilegais, os garimpeiros, os grileiros de terra, os pecuaristas e caçadores ilegais? Toda essa turma torce pro Dick Vigarista, nesta corrida maluca que se transformou nossa eleição. Bolsonaro talvez venceria se a eleição fosse em Ratanabá, e tivesse o apoio do ET Bilu.