Pela primeira vez, será feriado nacional neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Anteriormente, era feriado apenas em seis estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Alagoas, Amazonas e Amapá) e em 1.200 cidades, por meio de leis municipais e estaduais.
A data lembra a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, que lutou contra a escravidão durante o período colonial e se tornou um dos maiores símbolos da resistência contra a escravização no Brasil. Ele foi degolado em 1695, aos 40 anos, após uma emboscada.
Muitos reclamam do novo feriado. Entendem que o Brasil precisa de trabalho e mais trabalho, e não de feriados. Curiosamente, é o pessoal que apoia aquele que, no cargo de presidente, vinha sempre a Santa Catarina andar de jet ski e fazer motociata - em pleno dia útil!
Mas, para a imensa maioria de nós, a vida não é uma festa. Pelo contrário, é de luta, e muita luta, como os mais jovens irão perceber agora nesta batalha para reduzir a jornada 6x1. Nenhum direito veio de graça, nem foi fruto da concessão de bilionários generosos.
Para o povo negro, então, as dificuldades sempre são em dobro, porque, além da luta contra a desigualdade, que deveria ser encampada por todo cidadão dito de bem, ainda lutam contra o preconceito. A mulher negra enfrenta uma terceira dificuldade: o fato de ser... mulher.
Por isso, é importante ter esse dia para promover reflexões e conscientizar as novas gerações, por meio da educação e do conhecimento, sobre a importância da luta contra o racismo e, por tabela, ensiná-las de que nada cai do céu, a não ser a chuva e as bênçãos de Deus.
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