A suspensão do sigilo do inquérito sobre a trama do golpe escancarou para o país toda a rataria que pretendia implantar uma ditadura militar, com Bolsonaro no poder. Não é motivo de surpresa. Em todos os protestos organizados pelos golpistas, desde o início do desgoverno do inelegível — e agora indiciado —, havia várias faixas pedindo a intervenção militar com Bolsonaro no poder, a volta do AI-5, com o fechamento do Congresso e do STF, e a prisão de Alexandre de Moraes.
Golpistas pediam a prisão em público, mas no particular tramavam o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. Depois que tomassem o poder, viriam as prisões dos 'comunistas', que seriam todos aqueles que o governo entendesse como opositores. Seria a ditadura mais sanguinária da história brasileira, pois começaria com a execução do presidente eleito, do seu vice e de pelo menos um ministro do STF. “E matando uns 30 mil”, como Bolsonaro disse em uma entrevista.
Nesta história com muitos bandidos, tivemos alguns heróis que verdadeiramente amam o Brasil. O maior deles, claro, Alexandre de Moraes, o temível Xandão, o maior defensor da democracia. Se não fosse por ele, nem este texto seria escrito. Outro herói foi o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, que avisou Bolsonaro que não aderiria ao golpe, assim como o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, então comandante da Aeronáutica.
Esses, os de maior destaque. Mas muitos outros, em todo o Brasil, também foram importantes, sejam de esquerda, de direita, de centro ou sem partido algum, ao respeitar a decisão da maioria, que é a base da democracia. A História contará para as gerações futuras quem fazia parte do grupo que eles mesmos chamavam de rataria e quem foram os heróis da pátria, os verdadeiros patriotas, que livraram o país de mais uma ditadura sanguinolenta. Só falta a prisão dos (ir)responsáveis.
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