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BLOGS E COLUNAS

A desonestidade intelectual que mata

08/06/2021 12h50

Assim que a imprensa começou o fundamental trabalho de noticiar ao mundo a terrível pandemia que começara na China e se espalhava pela Europa, começando pela Itália, pelas redes sociais um grupo de pessoas se esforçava para espalhar mentiras e levar desinformação ao público. Isso existiu no mundo inteiro, diga-se, mas aqui no Brasil foi ampliado com o uso de verba pública para manter o gabinete do ódio e como política de governo, visando atingir a imunidade de rebanho, como escancarou a CPI.


Foi assim que, no princípio, se espalhou mentiras grosseiras como a de que na Itália tinha morrido tanta gente porque lá era inverno, enquanto o vírus não resistiria ao nosso calor tropical. Quando o vírus chegou atingindo primeiramente os brasileiros do Amazonas, um dos estados mais quentes do país, começaram a circular imagens de caixões com pedras, para dizer que a imprensa mentia sobre os números de mortos. Enquanto isso o próprio presidente reforçava que era só uma gripezinha.


Com as UTIs lotadas, espalhavam que os mortos eram todos diagnosticados com covid, porque assim os hospitais ganhariam dinheiro do governo, o que era uma outra grande mentira. Não tendo mais como negar a existência da pandemia, muito menos a sua gravidade, toda a máquina governamental usada para espalhar mentiras foi direcionada para a descoberta de uma pílula milagrosa, que pudesse ser usada como placebo até que 70% da população contaminasse uns aos outros.


Surgiu o kit covid e a cloroquina. Ela é usada há muitos anos, por isso seria eficaz no combate ao vírus, mesmo não sendo um antiviral. O vírus seria letal apenas para os idosos, por isso se devia fazer o isolamento vertical. Jovens ou atletas não morreriam de covid, isso foi dito até em pronunciamento do presidente em cadeia nacional de rádio e TV. Máscaras não deviam ser usadas, pois provocariam privação de oxigênio e causariam danos neurológicos irreversíveis. Uma mentira atrás da outra.


Quando a Ciência nos surpreendeu com as vacinas, a única porta de saída da pandemia, a turma do contra se empenhou em desacreditá-las. As vacinas foram criadas muito rápido, pularam fases de testes, e por isso fazem mal à saúde. Quem não recebeu estes absurdos no grupo do zap? Quando é um ignorante que repassa isso, está explicado. Mas quando se trata de alguém que sabe que é mentira e ainda assim repassa, é muita desonestidade intelectual. São cúmplices de um crime, o genocídio.



LÚCIO FLÁVIO
Lúcio Flávio de Oliveira
Diretor de Redação do Sul Agora. Lúcio Flávio de Oliveira é formado em Comunicação Social (Jornalismo) e Direito pela Unisul e tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV.
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