Ao longo da gravidez, há grandes alterações na função da tireoide como resultado de demandas metabólicas e mudanças hormonais¹.
As concentrações de T4 e T3 aumentam significativamente até aproximadamente a metade da gestação e então permanecem relativamente estáveis até o final da gestação a termo.
As necessidades de iodo aumentam substancialmente durante a gravidez; inicialmente como resultado de um aumento de 50% na produção do hormônio tireoidiano e um aumento de 30% a 50% na excreção renal de iodo², e mais tarde na gestação, quando o iodo passa pela placenta para a produção fetal de hormônios tireoidianos¹.
Os hormônios tireoidianos maternos e fetais são essenciais na regulação do desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso fetal, incluindo a criação e o crescimento de células nervosas, a formação de sinapses, que são necessárias para a comunicação entre as células nervosas, e a mielinização, que é a formação de uma camada à base de gordura que permite a comunicação rápida entre as células nervosas³.
Alguns desses eventos começam no segundo mês de gestação³, portanto podem ser influenciados pelo estado de iodo e pela produção do hormônio tireoidiano antes da concepção (ou antes do conhecimento da gravidez).
Durante a amamentação, a produção do hormônio tireoidiano e a excreção urinária de iodo retornam aos níveis não gestacionais, mas as necessidades de iodo permanecem elevadas porque o iodo é concentrado na glândula mamária para excreção no leite materno⁴.
Em outras palavras, a gestante precisa do dobro de iodo que normalmente precisaria.
As doses recomendadas estão assim descritas, porém precisam de um profissional para acompanhar o caso especifico de cada paciente.
Nível mínimo
Gestantes 220 mcg
Lactantes 290mcg
Nível máximo
1000 mcg.
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Fontes utilizadas: 1(Glinoer 1997), 2(Glinoer 2007), 3(Prado 2014) e 4(Leung 2011).
Link de estudo: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6464647/