Reportagem do Fantástico revelou que um médico pediu a internação psiquiátrica de Erika em 2022
O Fantástico, da Rede Globo, mostrou na sua edição de domingo (21) quem era Paulo Roberto Braga, idoso que foi levado morto por Erika Souza Vieira Nunes a um banco para tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil.
O "tio Paulo", como ficou conhecido, tinha 68 anos, e era motorista de ônibus. Ele tinha quatro irmãos, que moravam em outros estados e com quem ele praticamente não tinha contato. Paulo morava com Erika e três dos seis filhos dela em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Familiares apontam que Paulo Roberto não deixou herdeiros, nunca teve filhos, nem se casou, apesar de ter tido companheiras ao longo da vida. E que foi acolhido pela parte da família mais próxima à sobrinha Erika, com quem vivia havia 15 anos.
Segundo a família, a saúde dele piorou por causa de complicações com a bebida, chegando, inclusive, a perder parte de sua mobilidade. Os parentes apontam que, nas suas últimas semanas de vida, já estava bastante debilitado e mal conseguia andar. E que Erika era responsável por boa parte dos cuidados dele.
Paulo Roberto vivia sem nenhuma renda até agosto do ano passado, quando passou a receber um benefício do governo federal para idosos com mais de 65 anos e de baixa renda, o LOAS. O valor é de um salário mínimo.
No depoimento à polícia, Erika disse que percebeu que o tio parou de responder no momento que ele recebeu atendimento dos funcionários da agência bancária. A defesa entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva, mas não há prazo para resposta.
Em 2022, um médico pediu a internação psiquiátrica da paciente. Disse que ela é dependente de sedativos, tem quadro de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas.
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