Queda dos preços internacionais do petróleo, em tese, deve ter consequências
Os preços internacionais do petróleo caíram cerca de 25% nesta segunda-feira (9), o maior tombo em quase 30 anos, e isso pode afetar o custo da gasolina e de outros combustíveis no Brasil.
Desde 2016, a Petrobras adotou uma política de paridade internacional para definir o preço da gasolina que vende às distribuidoras no país. Com isso, em tese, a estatal deve promover uma redução nos valores cobrados. Mas esse corte pode demorar a chegar às bombas - ou mesmo nem ser sentido pelos consumidores.
Especialistas confirmam que a tendência é que o preço da gasolina caia para o consumidor, por causa dessa política de paridade internacional. Mas não imediatamente.
"Hoje a política da Petrobras tem sido bastante ligada ao que está acontecendo [no mundo], então, em tese, não deve demorar, já que hoje ela já deve estar comprando petróleo mais barato e vendendo também. Então, ela tende a baixar esse preço para o consumidor", explica David Zylbersztajn, professor da PUC-Rio.
"Ela se beneficiou muito quando o petróleo estava alto e agora, de alguma maneira, tem que ter uma contrapartida. Quando o petróleo cai, ela também tem que repassar para o consumidor o preço mais baixo. E isso deve acontecer rápido, até para ela não ficar desmoralizada na política dela de, quando sobe, subir também", completa.