Força dos ventos causou estragos em todo estado, em especial no Oeste catarinense
O forte temporal que atingiu Santa Catarina no fim da tarde desta sexta-feira (9) deixou um rastro de destruição, em especial no Oeste catarinense.
Em todo estado, estima-se que mais de 3,5 mil residências estão sem energia elétrica, além de ruas interditadas, inúmeras quedas de árvores e dois óbito registrados.
De acordo com a Secretaria Estadual de Proteção e Defesa Civil, o município de Palmitos foi o mais afetado, onde 893 residências ficaram sem energia elétrica, além de destelhamentos, destruição de construções e quedas de árvores.
Também foi em Palmitos que o primeiro óbito em decorrência do temporal foi confirmado. Um homem de 51 anos foi atingido por uma árvore em meio a tempestade. Uma segunda vítima teria perdido a vida da mesma forma, na divisa com o município de Caibi.
Microexplosão
Uma análise preliminar dos estragos, aliada às imagens do radar meteorológico, indicou que as tempestades severas alinhadas podem ter gerado múltiplos fenômenos extremos na região.
Em Itapiranga, um dos municípios afetados, há indícios da ocorrência de um “downburst” – também conhecido como microexplosão atmosférica.
Esse tipo de fenômeno é caracterizado por ventos extremamente fortes que descem verticalmente da base da nuvem em direção ao solo, espalhando-se de forma radial ao tocar a superfície.
Os ventos associados à microexplosão podem superar os 80 a 100 km/h, causando danos significativos, especialmente em áreas urbanas ou de infraestrutura precária.
Danos em outras cidades
Outros municípios da região também foram impactados. Em Maravilha, mais de 2.700 casas ficaram sem energia elétrica e houve registro de quedas de árvores.
Em Caibi, 14 residências foram destelhadas por ventos intensos na comunidade de Linha Beira Rio, deixando 16 desalojados. Já em Cunha Porã, Cunhataí, Iraceminha, Romelândia, Santa Terezinha do Progresso, Modelo e São Miguel da Boa Vista, os danos incluíram interrupções no fornecimento de energia, queda de galhos e árvores e destruição pontual de estruturas.
Na capital Florianópolis os fortes ventos arrancaram um ponto de ônibus no bairro Coqueiros. Já no Litoral Sul, a balsa de Laguna, localizada ao lado do porto pesqueiro, foi parar na região do bote, mais próximo ao Molhes da Barra.
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