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GERAL
11/07/2025 06h15

Tarifa de 50% prejudica severamente parte das exportações catarinenses, avalia Fiesc

Presidente da entidade reitera a necessidade de manutenção dos canais de negociação pela diplomacia brasileira, sob pena de a situação se agravar

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) avalia que a tarifa de 50% anunciada pelo governo norte-americano para as exportações de produtos brasileiros vai prejudicar severamente embarques para os Estados Unidos. 

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, reitera a necessidade de manutenção dos canais de negociação pela diplomacia brasileira, sob pena da situação se agravar com o cancelamento de investimentos no Brasil. 

Avalia que é necessário trabalhar com serenidade pela melhor solução e considerando os interesses do Brasil.

A decisão precisa ser avaliada sob três aspectos: 

- sob o ponto de vista econômico, não há justificativa para a aplicação desta taxa, já que os Estados Unidos registram superávit há décadas na balança comercial com o Brasil; 

- o segundo aspecto diz respeito às políticas domésticas, o Brasil é um país soberano e suas decisões, certas ou erradas, devem ser respeitadas; 

- por fim, ao invés de adotar postura neutra em relação à diplomacia internacional, o Brasil repetidamente assume posições de desalinhamento com os Estados Unidos.

Embora não se tenha detalhes sobre a medida, a perspectiva de taxação deixa a indústria em alerta.

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“A implementação da tarifa anunciada nesta quarta, de 50%, compromete a competitividade dos produtos catarinenses, uma vez que países concorrentes em setores relevantes para a pauta exportadora de SC podem ser submetidos a taxas bem inferiores”, frisa Aguiar.

Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações catarinenses. 

No ano passado, o estado embarcou para lá US$ 1,74 bilhão, na sua maioria itens manufaturados, como produtos de madeira, motores elétricos, partes de motor e cerâmica.

EUA têm superávit de US$ 256,9 bi com Brasil

Brasil e Estados Unidos sustentam uma relação econômica robusta, estratégica e mutuamente benéfica alicerçada em 200 anos de parceria. 

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o aumento da tarifa terá impacto significativo na competitividade de cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para os Estados Unidos.

O país norte-americano mantém superávit comercial com o Brasil há mais de 15 anos. 

Somente na última década, o superávit norte-americano foi de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens. Incluindo o comércio de serviços, o superávit americano atinge US$ 256,9 bilhões. 

Entre as principais economias do mundo, o Brasil é um dos poucos países com superávit a favor dos EUA.

A CNI aponta também que a entrada de produtos norte-americanos no Brasil estava sujeita a uma tarifa real de importação de 2,7% em 2023. 

A tarifa efetiva aplicada pelo Brasil aos Estados Unidos foi quatro vezes menor do que a tarifa nominal, de 11,2%, assumida no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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