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GERAL
15/11/2024 07h54

Prefeito de Criciúma e mais 20 viram réus em processo da Operação Caronte

Operação investiga irregularidades na prestação dos serviços funerários

A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em julgamento que teve duração de 4 horas e 30 minutos nesta quinta-feira (14), aceitou na íntegra denúncia formulada pelo Ministério Público (MP) contra o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), e mais 20 pessoas.

Todos, agora, se tornam réus e vão responder por organização criminosa e corrupção passiva, entre outros delitos, por supostamente montarem um complexo e permanente esquema de crimes contra a administração pública e consumidores em Criciúma, sobretudo no controle do serviço funerário.

O caso tornou-se público após a deflagração da Operação Caronte, no Sul do Estado, neste ano. Salvaro chegou a ficar 20 dias preso durante a investigação.

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A sessão no TJ começou às 9h30min e registrou mais de 15 sustentações orais formuladas por advogados em atuação na defesa dos 21 acusados. Só esta etapa se estendeu por 4 horas ininterruptamente, até as 13h40min.

Nesse momento, a câmara suspendeu os trabalhos para almoço e retornou com o julgamento exatamente às 15 horas. O voto da desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, relatora da matéria, foi prolatado em pouco menos de 30 minutos.  

A magistrada rejeitou todas as nulidades levantadas da tribuna pelos defensores e aceitou a denúncia do MP em sua integralidade, por considerar presente a justa causa para agir diante dos indícios existentes no inquérito de mais de 15 mil laudas.

Seu voto foi acompanhado de forma unânime pelos desembargadores Luiz Cesar Schweitzer e Luiz Neri Oliveira de Souza.

Prisão

Salvaro foi preso e afastado do cargo em 3 de setembro dentro da Operação Caronte, que investiga irregularidades na prestação dos serviços funerários em Criciúma. Ele foi solto em 23 de setembro, mas seguia sem poder entrar na prefeitura.

O Poder Judiciário autorizou que ele voltasse ao cargo em 31 de outubro. O vice-prefeito, Ricardo Fabris (MDB), ficou como responsável pelo município enquanto Salvaro estava preso ou afastado.

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