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Se você soubesse o quão rápido vão te esquecer…

11/12/2024 06h30

A vida tem essa maneira de nos pregar peças. Estamos o tempo inteiro presos ao que os outros pensam, preocupados com o julgamento alheio, com a imagem que projetamos, com a impressão que causamos. Nos agachamos, nos moldamos, nos escondemos em convenções, sempre buscando a aprovação, sempre esperando que nossas ações, palavras, escolhas sejam acolhidas. Mas, e se, por um momento, pudéssemos enxergar a verdade nua e crua, sem máscaras, sem medo do olhar crítico? Se você soubesse o quão rápido vão te esquecer quando você morrer, talvez, apenas talvez, você não deixaria de fazer tantas coisas por medo do que vão pensar.


É uma verdade dura, mas real. A vida segue, com ou sem a nossa presença. As pessoas que você encontrou no caminho, aquelas que pareceram tão importantes, vão continuar suas rotinas, suas vidas. Em algum momento, o impacto da sua partida será, sim, sentido — mas por quanto tempo? A saudade se transforma, vira memória, e a memória se apaga com o tempo. Os nomes se perdem, as histórias são enterradas sob o peso da rotina, e o mundo, imenso e impessoal, continua a girar.


Então, por que, enquanto estamos aqui, com um tempo finito, damos tanto valor ao que os outros pensam? Por que seguimos presos em expectativas, em críticas, em imaginações de julgamentos? O medo de errar, de parecer bobo, de não ser perfeito, de ser mal interpretado, nos paralisa. O que é isso, senão um reflexo de um ego frágil, temeroso de não agradar, de não se encaixar?


Se você soubesse que, no fim, o tempo vai te apagar da mente das pessoas com uma rapidez assustadora, talvez você parasse de esperar tanto pela aprovação alheia. Talvez se atirasse mais nas experiências, nas escolhas ousadas, nas aventuras inesperadas. Tentaria mais, erraria mais, e se permitiria a liberdade de ser quem realmente é, sem precisar esconder suas partes imperfeitas. Porque, no fim das contas, é isso que somos: uma soma de acertos e erros, de momentos brilhantes e de falhas. E tudo bem.


O que fica não é a perfeição ou a busca constante pela aceitação. O que fica são os momentos genuínos, as risadas, os abraços, as marcas que deixamos nos outros ao sermos autênticos. A sensação de que fomos humanos de verdade, e não uma sombra tentando agradar. Se você soubesse disso, talvez não se importasse tanto com a opinião de quem mal te conhece, de quem mal vai se lembrar de você. E, quem sabe, isso fosse libertador.


Porque, no final, a verdade é que o que realmente importa não é o que pensam de nós. O que importa é o que fazemos, como vivemos, como nos permitimos ser. Não será o medo do julgamento que vai fazer a diferença quando olharmos para trás, mas a coragem de ter vivido plenamente, de ter escolhido ser verdadeiro, de ter se entregado ao que o coração realmente desejava. E talvez, no fim das contas, isso seja o que realmente nos faz imortais — não na memória dos outros, mas na nossa própria história.


Então, pare de adiar seus sonhos, pare de se esconder atrás das expectativas dos outros. Faça, viva, errar é humano, mas não viver é desperdiçar a chance de ser quem você realmente pode ser. Quando você morrer, a memória das pessoas se apagará rápido demais. Mas a sua liberdade, a sua coragem de ter sido você, isso, talvez, dure um pouco mais.


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SIBÉLE CRISTINA
SIBÉLE CRISTINA
Sibéle Cristina Garcia é apresentadora do programa Mais Mulher na UniTVSC desde maio de 2008. Graduada em Pedagogia e Marketing. Pós-graduada em Sexualidade Humana e Sexologia. É especialista em Relacionamento Abusivo, comunicadora, terapeuta e encorajadora da liberdade feminina.
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