Mãe sente. Antes mesmo de acontecer, ela já sabe. Talvez seja coisa da conexão inexplicável entre a vida que gerou e o coração que nunca mais foi só dela. Talvez seja puro instinto, um radar invisível que capta sinais imperceptíveis aos olhos comuns. O fato é que a intuição de mãe não falha.
Pode ser uma febre que ainda nem subiu, um tom de voz diferente ao telefone, um silêncio longo demais. Mãe sente na pele, no peito, no fundo da alma. Pode estar longe, do outro lado da cidade ou do mundo, mas algo nela se inquieta, um pressentimento, um aperto no peito que sussurra: “Tem algo errado.” E, invariavelmente, tem.
Mãe prevê tropeços, antecipa lágrimas, percebe inquietações que nem os próprios filhos entendem direito. E não adianta esconder, disfarçar, fingir que está tudo bem. Mãe olha nos olhos e sabe.
Mas nem sempre essa intuição vem como um alerta. Às vezes, é esperança. É aquele “vai, meu filho, confia” que surge sem explicação lógica, mas com uma certeza inabalável. É uma força silenciosa que empurra os filhos para frente, que os salva do medo, que os protege sem que eles percebam.
Porque mãe sente. Antes de tudo, antes de todos. E quase sempre, acerta.
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