Foi um decreto por ordem de Públio Sulpício Quirino, governador da Síria, que fez com que José e Maria partissem para Belém.
Mas tudo já estava escrito nas Sagradas Escrituras, como relatou o profeta Miquéias: "E tu, Belém, terra de Judá, não é a menor entre os principais clãs de Judá, porque de ti sairá um chefe que apaziguará o meu povo de Israel".
Maria teve que alojar-se num estabulo próximo das imediações de uma aldeia, porque não havia lugar nas hospedarias. E assim um anjo apareceu aos pastores e a glória do Senhor refulgiu em volta deles, causando-lhes muito medo.
Disse-lhes o anjo: "Não tema, pois anuncio uma grande alegria que será para todo o povo. Hoje, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é o Messias e isto servirá de sinal para identificá-lo: encontrarão um menino envolto em panos, deitado numa manjedoura".
Juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de bom coração".
Quando os anjos se afastaram em direção ao céu, os pastores disseram uns aos outros: "Vamos então a Belém; vejamos o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer".
Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura. Assim que o viram, começaram a espalhar o que lhes tinham dito a respeito dele e se admiravam.
Maria conservava em silêncio todo o seu temor diante do desconhecido, ponderando-o no seu coração.
Depois do encontro, os pastores voltaram glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado (Lc. 2,1-20).
Na hora do nascimento havia uma enorme estrela, sinal do nascimento do Messias.
Até hoje nenhum historiador conseguiu datar com exatidão o nascimento de Jesus Cristo. É possível que tenha ocorrido quatro ou sete anos antes da sua data tradicionalmente conhecida, pois Herodes morreu em 4 a.C., ou seja, antes da era cristã.
É improvável que seu nascimento tenha ocorrido em dezembro, pois nesta época do ano o frio e a geada predominam em Belém e os pastores não poderiam ficar a céu aberto nesta época do ano.
No dia 25 de dezembro, comemorava-se a festa de Saturno e Mitra, o deus-sol, e a festa de Natal só foi introduzida no calendário da Igreja no século VI.
Jesus, o verdadeiro Sol da Justiça (Mateus 17,2, Apocalipse 1,16), deve ser lembrado no coração dos cristãos todos os dias, não somente no dia de Natal.
Por isso, não podemos esquecer o propósito da sua vinda, a de redimir os pecados dos homens por meio de sua morte.
A verdadeira essência do Natal é festejar o nascimento daquele que deu a vida por todos nós.