Os rastafarianos usam dreadlocks (cabelos sem pentear ou cortar), e roupas nas cores vermelha, preta, verde e dourada, representando a Etiópia, a "Terra Prometida". Existem rastafarianos na Jamaica, Estados Unidos, Inglaterra e Brasil.
O movimento começou com o jamaicano Marcus Mosiah Garvey (1887-1940). Ele iniciou uma ação que encorajava os negros a retornarem à Terra Prometida, já que seus ancestrais foram retirados da sua terra e escravizados. Garvey profetizou que no futuro haveria um rei coroado na África e receberia todos os negros de volta ao continente africano.
Dez anos após a morte de Garvey, o imperador Haile Selassie foi coroado na Etiópia com o título Ras Tafari, também chamado de Yah (palavra proveniente de Jahweh). Os seus simpatizantes interpretam passagens da Bíblia para compreender o Rastafarismo.
Um dos seus sacramentos é fumar a ganja (marijuana) "erva da sabedoria". Ilegal na maioria dos países, acredita-se que, ao fumar, a revelação de Selassie acontece indicando que ele é um deus e a Etiópia a "Casa dos Negros". Eles não consideram a ganja como uma proibição e citam o Salmo 103 (104):14 como referência: "foi encontrado junto ao túmulo do Rei David".
Um dos mais conhecidos rastafarianos foi Bob Marley. Os adeptos têm o êxodo (cantada por Bob Marley em Exodus) para a Etiópia como meta espiritual. A alimentação chama-se Ital (vital e total), ou seja, não é usado sal ou condimentos. São vegetarianos e a bebida preferida é o chá.
Para eles, Deus é um Espírito manifestado pelo imperador Haile Selassie I. Os rastafarianos acreditam ser descendentes de uma das doze tribos perdidas de Israel. Haile, ou seja, "o escolhido de Deus", seria o 225º descendente de Salomão, cuja missão foi a de libertar a raça negra do domínio coercitivo. Sua coroação em 1930 foi muito comemorada.
O símbolo do Rastafarismo é o Leão de Judah. Não é considerado uma religião, organização humana ou filosofia, mas uma tentativa de conhecer a vontade de Jah e preservá-la.
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