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Thor: Amor e Trovão

07/07/2022 09h42

É, definitivamente essa Fase 4 do Universo Cinematográfico Marvel está, digamos, estranha. Quando este quarto filme solo do Deus do Trovão foi anunciado, com pompa e surpresa geral no momento em que Natalie Portman apareceu empunhando o Mjolnir, fazendo a clara referência de que a saga dos quadrinhos da Poderosa Thor seria adaptada para o live-action, o frenesi  entre os fãs foi total…


Quando Christian Bale foi anunciado como o vilão do longa, Gorr, mais conhecido como o “Carniceiro dos Deuses”, outra saga espetacular das HQs do deus nórdico, aí mesmo é que o hype disparou e a expectativa explodiu… Existia ainda a deixa vista no final de Vingadores: Ultimato, quando Thor se une aos Guardiões da Galáxia e parte para o espaço, ou seja, isso significa que teremos a equipe na próxima aventura, certo? Er… nem tanto…


Enfim, decepção é o sentimento que tomou conta de mim ao término da sessão de pré-estreia…



PREGUIÇA, PREGUIÇA, PREGUIÇA…


Thor: Amor e Trovão dá sequência às aventuras solo do Deus do Trovão, mais uma vez interpretado, e com maestria, por um muito à vontade a essa altura – literalmente – Chris Hemsworth, que vive no espaço com os Guardiões da Galáxia (todos estão presentes, à exceção de Gamora, e você sabe por que, né?) de forma descompromissada e excessivamente piadista, o grande problema do filme, diga-se… Até o momento em que ele é chamado em virtude de problemas em Nova Asgard, o pedacinho da Noruega ocupado pelos sobreviventes de seu planeta natal, após a destruição vista em Thor: Ragnarok.


Ao chegar lá, Thor se reencontra com Valquíria, novamente vivida por Tessa Thompson, e, para sua surpresa, com seu grande amor do passado, Jane Foster, que marca o retorno de Natalie Portman a este universo, após os dois primeiros longas do herói. E, de uma maneira fantástica, pois, assim como em uma das maiores sagas de Thor nas HQs da última década, Jane se transforma na Poderosa Thor, devido a uma situação que o filme mostra, de forma fiel à origem, apesar de um tanto quanto corrida (e bastante superficial!). Mas ela ficou demais, devo dizer!


O motivo da treta em Nova Asgard é a chegada de Gorr, o vilão de Christian Bale, sim, ele mesmo, o Batman da trilogia Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, e que aqui está, apesar de estereotipado um pouquinho além da conta, a meu ver, ainda assim muito bem no papel, muito entregue ao personagem, o que é sua característica, a propósito. E com uma motivação convincente até, o que não é comum em vilões da Marvel no UCM.


Basicamente, esta é a trama do longa. Como se vê, o roteiro une, ou pelo menos tenta unir, duas das mais renomadas histórias do personagem-título dos últimos anos, bastante profundas e poderosas. Isso nos quadrinhos. Porque no filme… Jesus!! O diretor Taika Waititi, o mesmo da produção anterior, errou demais a mão. O roteiro é extremamente superficial, escorado quase que na totalidade nas piadas… é muita piada! A todo momento, em todas as cenas, no meio das partes dramáticas, no meio da ação, no meio das próprias piadas… Fica extremamente cansativo, vazio, e quebra toda a seriedade que a situação apresentada exige… Olha, chega a irritar!


MAS TEM O GUNS N’ ROSES…


A trilha sonora, no entanto, e como visto nos trailers, aliás, é basicamente uma playlist montada por um grande fã do Guns N’ Roses. Não que isso seja ruim, longe disso, afinal Guns é Guns, não é mesmo? Mas falta muito uma peça original, ou até mesmo o tema do herói dos primeiros filmes. Porque o negócio aqui é Guns. Tem até o Axl… complicado…


E olha que a trilha é assinada pelo nome do momento em Hollywood, Michael Giacchino, que certamente ganhou seu dinheiro mais fácil nos últimos anos, já que basicamente só precisou apertar o play no Spotify do Guns…


A parte visual, por outro lado, é muito bem-feita, ótimos efeitos especiais, criaturas bem construídas, cenas de batalha realistas e maquiagem de primeira, em especial a de Gorr. Ponto positivo aqui.


DESRESPEITO ÀS ORIGENS


Pra ser sincero, quanto mais penso no filme, menos gosto. E olha que estou escrevendo essa crítica logo depois de sair do cinema, na madrugada, ou seja, não estou pensando nele há muito tempo. E ainda assim, estou ficando com mais raiva do que fizeram aqui. Isso porque tanto a saga da Poderosa Thor quanto a do Carniceiro dos Deuses são muito profundas nos quadrinhos, com temas como resignação, traição, amor, perdas, enfim, vários assuntos pesados, trabalhados com maestria, mas que foram atropelados no filme pelas malfadadas piadas, toda hora uma porcaria de piada, entrelaçada por uma cena de ação, e aí tome mais piada…


É um desrespeito ao material fonte em que o roteiro se baseou, e isso, pra mim, fã de HQs e que tem especificamente essas duas sagas dentro de uma lista de, vá lá, as dez melhores da Marvel de todos os tempos, é doído… Melhor parar de pensar nesse filme… porque senão ele vai piorar…



SERVIÇO


Em tempo, Thor: Amor e Trovão vai agradar aquele público que só vai assisti-lo para passar o tempo, de maneira despretensiosa, que não criou expectativas, não viu os trailers, não segue o UCM há mais de dez anos, não assistiu aos outros 28 filmes do universo anteriores a este, enfim, esse público vai gostar, vai se divertir. A garotada vai vibrar!


Agora, se você, assim como eu, criou expectativas, se empolgou com os anúncios, com os trailers, com o elenco, enfim, com o que parecia que seria esta quarta aventura solo do Deus do Trovão… devo dizer, passe longe. Espere ele chegar ao Disney Plus daqui há uns dois meses. Vai ser melhor…


Ah! Importante! O longa possui duas cenas extras, uma logo após os créditos iniciais, e a segunda depois de todos os créditos. E, pra dizer que temos uma novidade, ambas são muito importantes para o futuro, tanto de Thor quanto do próprio Universo Marvel. Portanto, não saia do cinema (se for, claro) antes de terminar a projeção por completo.


O filme tem lançamento oficial em todo o país nesta quinta-feira, dia 7 de julho. Em Tubarão, no Cine Show do Farol Shopping, o longa entra em cartaz com sessões às 16h15 e 18h45, na sala 1, em versão dublada; às 21h15, também na sala 1, em cópia legendada; às 20h20 na sala 2, versão dublada; e às 19 horas e 21h30, na sala 3, em versão dublada e em 3D. Estes horários são válidos para a primeira semana de exibição. Boa diversão! Ou não… enfim, você entendeu, né?




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