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Série Oscar 2021 – O Som do Silêncio

30/03/2021 21h58

Em prosseguimento de nossa série de críticas dos filmes indicados ao prêmio máximo do Oscar 2021, cuja cerimônia acontece no dia 25 de abril, em formato ainda não divulgado pela Academia, chegou a vez de um drama que, de forma delicada e, ao mesmo tempo, realista e crua, mostra a história de um baterista de um dueto de heavy metal que perde a audição. Estamos falando de “O Som do Silêncio” (Sound of Metal, 2020, Amazon/Sony).



Silêncio ensurdecedor


A trama de “O Som do Silêncio”, ao contrário do que diz o título, começa com muito barulho, quando conhecemos o protagonista Ruben Stone, interpretado de forma espetacular por Riz Ahmed, em plena atuação em sua bateria, no dueto que fazia com sua namorada Lou, que ganha vida sob a interpretação de Olivia Cooke, ambos no auge da carreira, percorrendo estradas e cidades, em plena turnê. É neste ponto que Ruben percebe que sua audição começa a falhar, e por aí pode-se imaginar o tamanho do drama que ele enfrentará adiante. E aqui um dos pontos mais belos e tocantes da produção marca presença, o que faz ao longo de toda a projeção: o design de som. 



Agonia a todo som


O design de som trazido pelo estreante diretor Darius Marder no longa é quase um personagem na história, e, por isso, um aviso, mais do que uma dica: assista ao filme com o melhor sistema de som que você conseguir, ou com o fone de ouvido mais poderoso que tiver. Este não é um filme pra ser assistido em volume baixo, ou só pelo áudio da TV, do celular, do tablet ou do notebook… Vai por mim, sem um sistema de som dedicado e bom, você vai perder muito da experiência proposta no longa. Isto porque, em uma decisão bastante perspicaz, diga-se, o diretor faz com que, quando Ruben está em cena, nós, os espectadores, escutemos da mesma forma que ele, sentindo toda a angústia, a agonia e a confusão que uma surdez repentina causa em qualquer pessoa, em especial a alguém que precisa do som para exercer sua profissão. E esta ferramenta traz uma imersão ao drama vivido por ele que se torna impossível, mesmo ao mais frio dos espectadores, não se envolver com a história. É belo, é forte, é impactante.



Novas descobertas


Ao contrário do que possa parecer, o foco de “O Som do Silêncio” não é o drama vivido por Stone em relação à repentina surdez, mas sim sobre as descobertas que ele faz ao tentar, ainda que de forma bastante arredia (até por haver um contexto anterior em sua vida, que não vou antecipar aqui, mas que pesa) se adaptar à sua nova condição, à sua nova vida, em uma espécie de clínica especializada, misturada com um retiro, com personagens carismáticos e igualmente desafiados pela vida, assim como Ruben. É o que dá pra dizer, sem entrar no campo dos spoilers. Obra recomendadíssima, que faz com que pensemos em como os desafios que a vida nos traz podem, e devem, ser encarados… coragem, resiliência, vontade. É tocante, uma obra a ser apreciada.


“O Som do Silêncio” foi produzido pela Sony e, em virtude da pandemia, foi comprado pela Amazon Prime Video, que o distribuiu internacionalmente em seu serviço de streaming. Imperdível! Assista o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=O7Zm7YtJ7W8



O filme recebeu seis indicações no Oscar 2021:


- Melhor filme

- Melhor Ator – Riz Ahmed

- Melhor Ator Coadjuvante – Paul Raci

- Melhor Roteiro Original – Darius Marder & Abraham Marder

- Melhor Edição – Mikkel E.G. Nielsen

- Melhor Som (grande favorito)



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