Foi numa rua movimentada de Tubarão que tive a sorte de cruzar com dois viajantes do tempo presente: Íris e Djoe, casal de ciclistas aventureiros que há sete anos pedalam sem cessar por estradas que cortam o continente.
Com uma barraca, um fogareiro, a coragem no peito e a liberdade como guia, eles fizeram da estrada o próprio lar. A viagem mais longa até aqui foi de Pelotas, no sul do Rio Grande, até Cusco, no coração do Peru — jornada de fôlego, de alma e de paisagem.
O que começou como o sonho errante de dois jovens se transformou, com o tempo, em um modo de viver e de sustentar a vida.
Hoje, Íris e Djoe organizam expedições e guiam grupos de ciclistas por trilhas que cruzam a beleza bruta do continente.
Foi por isso que chegaram a Tubarão. Dormem aqui e, ao raiar do dia, partem rumo a Garopaba, onde mais uma aventura os espera.
Mas o horizonte não se fecha em Santa Catarina. Logo mais, partem para o sul da Bahia, em busca de estradas mais quentes e igualmente encantadoras.
E seus planos não param por aí: traçaram dois roteiros audaciosos para o futuro próximo — querem voltar ao Peru e, de lá, pedalar até o México. Concluída essa travessia, embarcarão rumo à Europa para iniciar outra jornada: pedalar do Velho Mundo até os confins da China.
Íris e Djoe vivem daquilo que suas rodas constroem: caminhos, histórias e encontros. Para a alimentação e manutenção das bicicletas, ganham algum dinheiro guiando expedições e produzindo conteúdo sobre suas andanças sob o nome Coragem na Bagagem, no Instagram e no YouTube.
São contadores de histórias em movimento, sem cenário fixo, mas com um enredo vibrante que se escreve a cada curva.
Obrigado, Íris e Djoe, por compartilharem conosco um trecho dessa viagem maior que é a vida.
Que os ventos sigam soprando a favor e que o mundo, esse mapa vivo, continue sendo sua morada sobre duas rodas.
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Acompanhe a entrevista abaixo:
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