Uma situação precisa ser observada urgentemente pela prefeitura de Tubarão, pela Fundação Unisul, pelo Procon e pelo Ministério Público. Estamos em março e as aulas da Unisul ainda não começaram, de forma presencial. As demais universidades do Estado já iniciaram suas aulas presenciais há algumas semanas, enquanto a Unisul só começará na segunda-feira que vem.
As aulas estão sendo realizadas virtualmente, com a desculpa da covid. Mas as crianças e adolescentes, que nem estavam vacinados, já estão em sala de aula há um mês. E os jovens que se aglomeram em festas, shows e Carnaval, todos vacinados, não podem ter aula presencial? Difícil de acreditar e é até vergonhoso para a universidade usar essa desculpa.
Apesar do atraso, a partir da semana que vem as aulas não serão totalmente presenciais. A Ânima tem vendido (e cobrado muito bem) os cursos como presenciais, mas matérias importantes são dadas de maneira virtual. Um professor, em algum estado do Brasil, atendendo mais de 100 alunos via computador. Já há relatos de 200 alunos atendidos remotamente por um único professor.
O ensino a distância existe, mas é preciso cobrar mensalidade de EAD e deixar isso claro na matrícula. Cobrar por um curso presencial, e dar ele on-line, é estelionato. Não há outra tipificação a ser dada. É preciso que o Procon aja urgentemente. Que o Ministério Público equilibre essa relação comercial, que está beneficiando um grande grupo econômico e prejudicando a coletividade.
Os nossos universitários estão abandonados à própria sorte. A carga horária está reduzida, professores têm faltado com frequência. Também não houve redução da mensalidade na pandemia, mesmo com a redução dos custos pela não utilização das instalações físicas. Colégios particulares - quem tem filho matriculado sabe muito bem - foram obrigados a dar descontos que chegaram a 20%.
É uma vergonha o que está acontecendo, para todos que têm poder para fazer algo e não tomam medida alguma. Estão deixando a Unisul, uma marca tão valiosa, se transformar numa uniesquina qualquer, dessas virtuais que surgem do nada e depois desaparecem. Enquanto nossos estudantes estão sem ânimo para estudar, a Ânima fatura alto com o descaso das autoridades.