Enquanto neste pedaço do sul do mundo temos três deputados do PL azucrinando a vida do prefeito de Laguna, que também é do PL, só porque o coitado não é radical extremista ao ponto de considerar inimigo mortal todos aqueles que não tenham a mesma opinião política que a dele, vemos na ONU o instável Trump elogiar seu até então alvo preferido, Lula.
Trump convidou seu novo melhor amigo de infância para uma conversa, depois que considerou "excelente a química com o líder do Brasil". Só faltou repetir Obama e dizer que Lula era “o” cara. A extrema direita torce para que Lula vá ao encontro e seja humilhado, tal como o presidente da Ucrânia foi na vez que levou um pito de Trump diante das câmeras.
Quem sabe? De Trump, espera-se tudo. Mas de Lula sabemos que não irá repetir o “I love you, Trump” subserviente de Bolsonaro. O que importa é que política é exatamente isso: a arte de negociar. Dois políticos em campos ideológicos distintos defendem suas ideias, mas, para o bem comum, precisam ceder em alguns pontos para se chegar a um meio-termo.
Vejam só: o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, veio a Santa Catarina nesta segunda-feira anunciar o investimento de R$ 3,3 bilhões no estado. No anúncio, feito no Porto de Itajaí, só um prefeito catarinense esteve presente: Leonel Pavan, de Camboriú, que aproveitou para levar a Mercadante 25 projetos de seu município, que somam R$ 237 milhões.
Mercadante disse que “a política é construir pontes, e o palanque é próprio da democracia. Mas depois você tem que trabalhar junto”, afirmou, ao elogiar o espírito público de Pavan. Disse ainda que vai fazer de tudo para liberar os projetos para o prefeito. O governador Jorginho não foi, como também nunca recebeu Lula em Santa Catarina. Lamentável.
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