Desde que a Unisul foi vendida para a Ânima, Tubarão perdeu o título de Cidade Universitária. Tirando os cursos da Saúde, os demais foram priorizados para o ensino a distância, ao invés do ensino presencial. Isso fez com que despencasse, como já era esperado, o movimento no entorno da universidade, o que acabou decretando o fim de muitos comércios.
Não adianta mais discutir, agora, se foi bom ou ruim a venda da Unisul, uma universidade comunitária, para um grande grupo educacional. Foi a única opção que restou, diante de uma série de circunstâncias que levaram a Unisul a acumular uma dívida que se tornou impagável. Devolver as chaves para o município, naquele momento, teria sido muito pior.
O que se pode discutir neste momento é por que em vários cursos não temos mais a oferta de aulas presenciais. Não por parte da Ânima, que, por ser uma empresa privada, o faz se quiser. Mas será que as demais universidades comunitárias estão fadadas a se transformarem apenas em virtuais? Não existem mais alunos interessados no ensino presencial?
Em Santa Catarina, a Acafe, associação que reúne as universidades comunitárias, conta com 140 mil alunos em 16 universidades, que atendem todas as regiões do estado. A ausência se dá apenas em Tubarão. Todas as demais cidades catarinenses com mais de 100 mil habitantes possuem a sua universidade comunitária, com aulas presenciais. Menos nós.
Dizem que a Unesc, de Criciúma, cuja reitora Luciane Ceretta é a presidente da Acafe, pode vir para Tubarão e atender a região, que passa dos 400 mil habitantes. As universidades ganharão até o ano que vem uma ajuda financeira de R$ 1,2 bilhão do governo com o programa Universidade Gratuita. Não faltam recursos nem alunos para a Unesc vir.
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