O episódio envolvendo Joares Ponticelli e a denúncia comprovadamente falsa de que teria ido à prefeitura, descumprindo uma decisão judicial, deixou essa pergunta no ar: quem está perseguindo o ex-prefeito e por quais motivos?
É muito sério que a secretaria estadual da Administração Prisional tenha informado à Justiça, no final de março, que Joares teria ido até a prefeitura, uma informação que não teve como comprovar. Não seria falsa denunciação de crime?
A defesa de Joares comprovou à Justiça, no começo de abril, que ele estava em seu apartamento, confortavelmente lendo o Diário do Sul, no horário em que supostamente, segundo os denunciantes, ele estaria na prefeitura.
A Justiça pediu explicações à Secretaria da Administração Prisional, responsável pelo monitoramento, e teve como resposta que houve uma “variação de sinal do GPS”, apontando, “coincidentemente”, para o endereço da prefeitura.
Neste meio-tempo, Joares, que foi solto há um ano com a determinação de que ficaria 180 dias com a tornozeleira eletrônica, teve a prorrogação da medida pela terceira vez, e ficará monitorado até o dia 16 de setembro, perto da eleição.
Joares e Caio cumprem uma espécie de condenação antes da sentença. O episódio da denúncia falsa reforça a tese de que há uma perseguição política ao ex-prefeito, e interessa a alguns manter Joares isolado, pelo menos até a eleição.