Em agosto deste ano eu escrevi um artigo aqui, no Sul Agora, antecipando que pagaríamos R$ 7 pelo litro da gasolina até o final deste ano. Na edição de hoje do Diário do Sul, o presidente do sindicato do postos de combustíveis de Florianópolis (Sindópolis), Joel Fernandes, admite que até dezembro a gasolina nossa de cada dia chegará neste valor que já é cobrado em diversos municípios Brasil afora.
Reconheço que não há nenhum mérito neste meu exercício de futurologia. É claro que com o dólar subindo todo dia, deixando ainda mais rico quem tem milhões de dólares em off shores no exterior, a gasolina acompanharia o mesmo ritmo e também chegaria nas alturas. Mas o fato de ter acertado me autoriza a dar um novo palpite: quanta custará o litro da gasolina daqui um ano, no mês das eleições?
Como comparação, exatamente um ano atrás o preço médio da gasolina em Santa Catarina era R$ 4,23. Em relação a outubro do ano passado, portanto, pagamos cerca de 50% de aumento na gasolina, levando em conta que hoje o preço médio no Estado é por volta de R$ 6,30. Se considerarmos que o ritmo dos aumentos permaneça, a gasolina custará por volta de R$ 9,40 – quase R$ 10 o litro.
Sabemos que junto com ela aumenta tudo, do gás de cozinha aos alimentos. De tudo que vem do petróleo e do que não vem, porque sobe a energia, a água, o dólar, menos o salário. Ou seja, veremos mais gente na fila do osso, nos caminhões de lixo, muito mais gente na miséria. Faça você mesmo um exercício de futurologia: qual a chance de Bolsonaro ser reeleito, diante de um quadro desses?