Nos últimos anos tem sido assim: um pouco antes do Carnaval, vários golpistas espalham vídeos pela internet dizendo para as pessoas não saírem de casa porque um vírus irá circular e infectar milhões de pessoas.
Pois passamos mais um Carnaval e todos aproveitaram bastante, seja se divertindo pulando, ou descansando, lendo, vendo TV, rezando ou fazendo qualquer outra coisa que lhe agrade. Não houve surto algum, lógico.
O problema é que a indústria das fake news não para, e só aumenta o número de golpistas – e o dos que caem no conto do vigário. As pessoas acreditam porque não têm o hábito de pesquisar em fontes confiáveis.
A mais recente é a de que este papa será o último. Ele morrendo, virá o fim do mundo. São Malaquias, a quem se atribui estas previsões, morreu em 1148, e as profecias são de 1595 – mas essa verdade não interessa.
Nem o fato de que quem escreveu as profecias, no século 16, acertou todos os papas, dali para trás, e só fez previsões aleatórias dali para frente, que se encaixariam a qualquer um. Golpistas e mentirosos não são de agora.
Quando eu era pequeno, a mentira da época era que o mundo acabaria no ano 2000. Depois, pelo calendário maia, ele terminaria em 2012. Prefiro ficar com a sabedoria da minha avó, que dizia que o mundo acaba para quem morre.
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