Quando um caminhão tomba em alguma estrada, logo surgem várias pessoas para saquear a carga. A foto que ilustra a coluna, por exemplo, foi de um caminhão carregado de carne que tombou no mês passado, na BR-470, no Alto Vale do Itajaí, e que teve a carga saqueada.
Motoristas chegaram a formar fila no acostamento da rodovia para pegar a carne. Ninguém se preocupou em socorrer o motorista, que foi atendido apenas quando os bombeiros chegaram. Ele tinha um corte na cabeça e dores nas costas, e foi encaminhado para o hospital.
Quando a polícia chegou, as caixas de carne já haviam sido furtadas, não sendo possível identificar os envolvidos no crime. E assim como aconteceu aqui no estado, mais de 400 casos se repetiram no país, somente no ano passado, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Na sexta-feira, um outro tipo de saque aconteceu. Neste caso, de dinheiro. Muita gente se aproveitou de uma falha no sistema do banco digital Nubank e aproveitou para sacar indevidamente até R$ 9 mil da conta, sem ter o saldo para isso. Um roubo cibernético.
O que chama a atenção neste caso, além da quantidade de pessoas envolvidas, uma vez que um avisou o outro pelas redes sociais, é que a modalidade que esses saqueadores digitais lesaram o banco é a de saque no crédito, um empréstimo com juros de 9,75% ao mês!
O mercado financeiro, do qual o Nubank faz parte, projeta para este ano uma inflação de 4,62% (para o ano todo!). Não sei quem é mais ladrão, neste caso. Tenho a impressão que bem cabe aqui o velho ditado, que diz que ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão.
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