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BLOGS E COLUNAS

Alunos da Ânima protestam em várias cidades

09/03/2022 11h02

A foto que abre a coluna é de um protesto de alunos do Centro Universitário Uni-BH, que fica em Belo Horizonte. Essa manifestação ocorreu no final de fevereiro; os alunos pediam pelo retorno das aulas presenciais e protestavam contra o ensino híbrido, proposto pelo centro universitário, que prevê 50% das aulas remotas e 50% presenciais. Também protestaram contra o aumento de 11,5% nas mensalidades, apesar da redução de custos que a faculdade terá com as aulas online.


“Pagamos mensalidades altíssimas, pelo curso 100% presencial. Precisamos dessa experiência para entrarmos capacitados no mercado de trabalho”, disse uma estudante de Direito ouvida pela imprensa local. Um estudante de Odontologia relatou: “Somente o ensino presencial será capaz de nos capacitar de fato para o mercado de trabalho. Estou com medo de me formar e meu curso, da área da Saúde, não ser aceito pelo MEC, porque foi feito de forma online”. Os alunos prometem novos protestos.


Manifestação semelhante ocorreu na cidade de Guanambi, na Bahia. Alunos do Centro Universitário FG – UniFG criaram até um perfil no Instagram, chamado resiste.unifg, para criticar as Unidades Curriculares, sistema que demitiu vários professores e reduziu a carga horária em mais de 700h. “A mudança no currículo foi drástica, radical e imposta a todos os cursos, sem consulta prévia da comunidade acadêmica”, escreveram os universitários numa publicação neste perfil da rede social.


O que une esses protestos aos que os alunos da Unisul vêm realizando é que todas são universidades administradas pelo grupo Ânima. Foi mais uma que o Jair ganhou. Em dezembro de 2019 foi autorizado que as universidades aumentassem para 40% as aulas online em cursos presenciais. Não foi discutido no Congresso. Não foi votado pelos deputados. Foi uma canetada do então ministro da Educação, Abraham Weintraub, aquele que sugeriu a Bolsonaro “botar os vagabundos do STF na cadeia”.


O problema é que os alunos pagam mensalidades para ter ensino presencial. E ficaram dois anos com aulas online, sem desconto na mensalidade. Durante a pandemia, muito se falou na urgência da volta às salas de aula. De como a educação a distância estava prejudicando os alunos, pela falta de contato com o ambiente escolar e com os professores. Bolsonaro, que tanto criticou o “fique em casa” quando era preciso ficar, é o responsável, através do MEC, para que agora os alunos fiquem em casa, mesmo.



LÚCIO FLÁVIO
Lúcio Flávio de Oliveira
Diretor de Redação do Sul Agora. Lúcio Flávio de Oliveira é formado em Comunicação Social (Jornalismo) e Direito pela Unisul e tem MBA em Gestão Empresarial pela FGV.
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