“Quem não está satisfeito, procure outra situação”, diz o presidente Joca Zapolli
Os jogadores e funcionários do Clube Atlético Tubarão estão novamente com salários atrasados. Para a maioria dos funcionários, o FGTS também não tem sido depositado. Além dos atuais pagamentos pendentes, o time tem dívidas com ex-atletas e ex-colaboradores.
Ao programa Central do Esporte, da Rádio Cidade, o presidente do Tubarão, Joca Zappoli, confirmou que os problemas existem. “Sempre deixamos claro que o clube atravessa dificuldade”, enfatizou.
De acordo com Zapolli, os atuais jogadores estão com 17 dias de salários atrasados. Funcionários do setor administrativo estão, em média, com um salário pendente, sendo que no próximo dia 15 vence mais uma folha de pagamento. Já os temporários e colaboradores de outros setores estão com dois a três salários atrasados. Ainda segundo o presidente, apenas duas pessoas têm mais de três meses de remuneração devida.
A insatisfação com os atrasos voltou a ser assunto esta semana na cidade. Zapolli afirma que a diretoria tem trabalhado para arcar com o pagamento, mas o momento é de dificuldade. “Não é bom, não é certo, não é correto atrasar salários, mas é a situação que a gente tem. E nós estamos tentando regularizar o mais rápido possível”, ressaltou Zapolli.
“O mercado está difícil pra todos. Quem está no clube, nós estamos nos empenhando para pagar. Quem não está satisfeito, procure outra situação. Isso vale pra funcionários e jogadores. Mas quem ficar vai ter que trabalhar. Se não quiser trabalhar peça pra sair ou a gente demite. Ninguém quer que as pessoas passem mais dificuldade do que já estão passando. Hoje qual é a solução? Buscar outro emprego se estão passando dificuldade. Ninguém é obrigado a ficar no Tubarão”, disse.
Além dos problemas com os atuais trabalhadores, o clube ainda precisa arcar com dívidas com ex-atletas e ex-funcionários, conforme relatou Zapolli na entrevista. Alguns deles ingressaram na Justiça para cobrar os valores devidos.
Buscando receitas
Segundo Zapolli, os problemas financeiros vêm da falta de receita do clube. Além do número reduzido de sócios-torcedores e de não ter bilheteria atualmente, a diretoria havia suspendido a busca por patrocínio quando não havia uma definição sobre as competições que enfrentaria.
Neste mês, o Tubarão volta a entrar em campo pela Série B do Campeonato Catarinense. Os jogadores seguem em treinamento e se preparando para a disputa. A primeira rodada será no dia 20 de junho. Com isso, explica Zapolli, a diretoria voltará a buscar investimentos. “Temos que voltar a jogar pra voltar a fazer receita”.
Durante a entrevista, o presidente mencionou ainda sobre outras formas de trazer dinheiro para o clube. “A gente continua, diariamente, buscando a realização de negócios de percentuais que a gente tem no mercado. Nós temos em torno de 30 jogadores na série A e na série B do Campeonato Brasileiro que a gente está sempre tentando buscar uma situação recursal que possamos trazer recurso para o clube. Mas hoje em dia, toda essa parte de compra e venda de jogadores baixou bastante, consequentemente baixou bastante os valores que estavam girando nesse tipo de negociação para um time como o Tubarão”, explicou.
Zapolli também falou que a diretoria espera retorno financeiro da K2 Soccer, mantenedora do clube. “A empresa diz que esta buscando recursos, tentando vender os ativos que possui e que no momento que tiver, vai passar pro futebol”. Mas, segundo a parceira, a situação dela também é de dificuldade.
