A Ilha de Páscoa foi originalmente denominada Osterinsel, no idioma nativo Rapa Nui. Localizada a 3.700 km a oeste da costa da América do Sul, tem 116 km² de superfície.
Possui a forma de um triângulo, causada pela atividade de três vulcões: Poike, Rano Kau e Maunga Terevaka, tendo este último formado a maior parte da ilha. Sua vegetação é esparsa, embora haja indícios de que já tenha sido exuberante.
Quem a descobriu ainda é uma incógnita, mas entre os candidatos está o espanhol Álvaro de Mendaña de Neira, que disse tê-la visto em 1566. O maior mistério da Ilha de Páscoa é o grande número de esculturas de dimensões fantásticas, denominadas moai, feitas de composição vulcânica, com 4 metros de altura e pesando, em média, 50 toneladas.
Existem na ilha mais de 800 estátuas, a maioria delas de frente (ou de costas) para o mar. Hoje elas estão destituídas de olhos, mas originariamente eram preenchidos com coral branco ou rochas vermelhas.
O moai tem uma característica de um homem com a cabeça alongada, lábios finos, testa abaulada e braços colados aos flancos. As costas são tatuadas e ostentam relevos.
Com o decorrer do tempo, o aumento da população e a falta de recursos naturais levaram diferentes grupos que habitavam a ilha a guerrearem entre si, o que destruiu a maioria dos moais existentes.
Embora alguns acreditem que os moais tenham sido trazidos por extraterrestres, está provado que o material usado na sua construção - pedra e madeira - estão presentes na ilha.
Não sabemos muito sobre a cultura deste povo, pois, em meados do século XIX, traficantes peruanos levaram como escravos cerca de dois mil nativos, entre eles o rei, seu filho e alguns sacerdotes, que eram os guardiões do conhecimento local. Em 1877 restavam apenas cento e onze nativos.
Para agravar a situação, missionários cristãos foram à ilha para converter os nativos, o que contribuiu para a perda de informações sobre seu passado e suas origens.
Com isso, os nativos acabaram queimando suas próprias fontes históricas, como as Tábuas Falantes, que continham uma forma de escrita própria (o Rongorongo), desenvolvida através dos tempos pelos nativos, os quais passavam suas histórias oralmente.