Lançado em um momento ainda conturbado da pandemia de covid-19, em especial em alguns países como o Brasil, e que tanto atingiu a indústria do cinema, “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” (Shang-Chi and The Legend of the Ten Rings, Marvel Studios, EUA/2021), ainda assim, se tornou uma das maiores bilheterias do ano, com mais de 420 milhões de dólares arrecadados no mundo todo, o que o coloca como o quinto maior filme de 2021. No entanto, se você, assim como eu, não foi aos cinemas na época em que ele estava em cartaz, a espera terminou, pois o longa estreou nesta sexta-feira (12) no catálogo mundial da Disney Plus.
HERÓI ORIENTAL
Para quem não conhece, Shang-Chi, ou Mestre do Kung Fu, como ficou conhecido no Brasil em suas histórias nos quadrinhos da Marvel na década de 70, é um personagem criado pela editora em 1973, inspirado, sem esconder isso de ninguém na ocasião, no sucesso do ator Bruce Lee, que explodia nas telas com seus golpes e lutas impressionantes, o que levou as artes marciais ao estrelato.
AÇÃO E AVENTURA DE PRIMEIRA
De cara, vamos ao que interessa: o filme é excelente! Ação e aventura desenfreadas, daquelas de se segurar nas almofadas da cama ou na ponta do sofá, com efeitos especiais de cair o queixo, e uma história cativante que ganha vida com um elenco 98% asiático, encabeçado pelo ator Simu Liu, que traz um protagonista por quem facilmente o espectador se apega, muito por seu começo, onde conhecemos um jovem manobrista de um hotel, mas que, enquanto criança, fora treinado por seu pai em segredo, não só nas artes marciais como na própria força mística oriental. Seu pai, por sua vez, carregava consigo o poder dos dez anéis, uma arma das mais poderosas já apresentadas no UCM.
Este pai, bem mais conhecido do grande público, é ninguém mais ninguém menos do que o Mandarim, vilão clássico da editora, tendo embates grandiosos com Tony Stark ao longo dos anos, sendo considerado por muitos o arqui-inimigo do Homem de Ferro. Aliás, no terceiro longa solo do herói, o Mandarim já havia aparecido, ainda que de uma maneira “fake”, por assim dizer. Mas agora temos o verdadeiro vilão, em toda sua imponência, e, obviamente, o confronto com seu filho é inevitável.
Aliás, os tais Dez Anéis dão nome também a uma organização terrorista de grande alcance mundial, e já conhecida dos fãs dos filmes da Marvel desde o primeiro Homem de Ferro, tendo sido responsável pelo sequestro de Tony Stark naquela oportunidade.
A direção, muito competente, em especial nas cenas de ação, fica a cargo de Destin Daniel Cretton, também responsável pelo roteiro muito bem amarrado, ao lado de Dave Callaham e Andrew Lanham.
O filme já está disponível no catálogo regular da Disney Plus, e é uma grande pedida para este feriado. Não perca!