Sexta-feira, 26 de abril de 2024
  • WhatsApp
  • Instagram
  • Facebook
  • Twitter
  • Youtube
  • Contato
Buscar
Fechar [x]

BLOGS E COLUNAS

Obrigado, Pantera!

29/08/2020 08h21

“Na minha cultura, o Pantera Negra foi o protetor de Wakanda por gerações. A morte não é o fim, é mais um ponto de partida. O manto é passado de guerreiro para guerreiro. Você estende ambas as mãos e Bast e Sekhmet, e eles o levam para um savana verde onde... você pode correr para sempre.”


Esta fala do filme Pantera Negra, de 2018, resgata a força do herói após uma derrota, trazendo-o de volta ao combate final e à sua vitória. No entanto, não poderia retratar melhor aquele que deu vida ao primeiro super-herói negro da Marvel, o ator Chadwick Boseman, de 43 anos, cuja morte precoce, e completamente inesperada, chocou o mundo da cultura pop na noite desta sexta-feira, 28 de agosto desse já malfadado ano de 2020.


Herói de verdade

Ninguém, à exceção de sua família e de amigos muito próximos e íntimos, sabia que o intérprete do Rei T’Challa enfrentava um câncer de cólon há quatro anos. E esse fato é particularmente importante porque mostra o tamanho de herói que Boseman era, não só nas telas, mas especialmente fora delas. Isso porque seus maiores sucessos, seus principais trabalhos, vieram justamente após ele receber o fatídico diagnóstico. E incluem-se aí Capitão América: Guerra Civil, quando estreou no papel de Pantera Negra, o próprio filme solo do personagem (que se tornou referência para toda uma geração e que arrecadou mais de um bilhão de dólares nas bilheterias mundiais), e os dois últimos filmes dos Vingadores, Guerra Infinita e Ultimato, que encerraram o arco das Joias do Infinito no cinema.

Como se sabe, um papel como o do Pantera Negra exige muito fisicamente do ator. Estar envolvido na saga da Marvel Studios exigia, por sua vez, muito de sua saúde mental, pelo próprio significado e representatividade que seu personagem carregava para toda uma comunidade que pela primeira vez se via dignamente materializada em superproduções de Hollywood. E ele, justamente por entender seu papel nesse cenário, encarou sessões de quimio e de radioterapia, e algumas cirurgias até, entre uma filmagem e outra.

Ainda nos veremos por aí

Além do Pantera Negra, Boseman filmou outras produções, algumas mais relevantes para a Netflix, como Destacamento Blood, de Spike Lee, e King – Uma História de Vingança. E ainda teremos a chance de vê-lo mais uma vez, com todo o seu talento, em mais uma obra da gigante do streaming, ainda inédita, mas com estreia prevista para este ano.

Em seu legado, entretanto, Boseman deixou grandes trabalhos, dignos de uma maratona neste final de semana, como forma de homenageá-lo, como por exemplo 42 – A História de Uma Lenda, onde interpreta o ídolo do beisebol Jackie Robinson, em sua cinebiografia; Get On Up – A História de James Brown, mais um papel título em uma cinebiografia, desta vez do músico considerado o pai do soul; Marshall – Igualdade e Justiça, outra história real onde Boseman interpreta um advogado americano que, antes da Segunda Guerra Mundial, é escalado para um caso onde precisa defender um motorista negro em uma acusação de violência contra sua chefe; e claro, sua obra-prima, Pantera Negra, simplesmente obrigatório!

Vida longa ao Rei!

“Em tempos de crise, precisamos achar nosso caminho, cuidar uns dos outros, como se fôssemos todos de uma mesma tribo”. (Rei T’Challa, Pantera Negra, 2018)

Estamos em um momento de crise. De escala mundial. E Sua Majestade deixa-nos seu ensinamento.

VIDA LONGA AO REI! #WAKANDAFOREVER



CARREGAR MAIS
Agora Sul
  • WhatsApp
  • Instagram
  • Facebook
  • Twitter
  • Youtube
  • Contato
Sulagora.com. Tudo o que acontece no Sul. Agora. © 2019. Todos os direitos reservados.
Política de Privacidade

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.