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Matrix Resurrections

23/12/2021 11h21

Chega aos cinemas de todo o país nesta quinta-feira (23) um dos filmes mais esperados do ano, que dá sequência a uma das franquias mais bem-sucedidas da história do cinema e que, no já longínquo ano de 1999, revolucionou a sétima arte de maneira irreversível: Matrix.


SURFANDO NA ONDA


Mesmo com a forte onde de remakes, reboots, continuações de grandes e populares franquias, em especial as antigas, dos anos 80 e 90, que assola Hollywood nesta década, causou surpresa quando, há coisa de um ano, um pouco mais talvez, foi anunciado The Matrix Resurrections (Warner Bros., EUA/2021), quarto filme de uma das mais adoradas séries cinematográficas da história, e que traria de volta os ícones da cultura pop Thomas Anderson, ou Neo, vivido por Keanu Reeves; Trinity, personagem que levou ao estrelato Carrie-Annie Moss, o Agente Smith, Morpheus, e por aí vai… A surpresa foi geral, pois quem acompanhou a trilogia original sabe que ela foi, digamos, encerrada.


A partir deste ponto começa a trama deste quarto filme, agora dirigido apenas por Lana Wachowski, ao contrário dos anteriores, quando sua irmã trabalhou a seu lado (em tempo, Lilly não quis participar desta produção por achar que não tinha mais nada a contar), 20 anos depois dos acontecimentos de The Matrix Revolutions, mostrando um Neo nos tempos atuais, agora vivendo como um famoso criador de games em uma grande corporação, e aqui, um dos pontos mais bem bolados da história: o roteiro brinca de forma brilhante com o espectador, da mesma forma em que o original fez com a questão “O que é real?” lá em 99, mas aqui com o fato de que Neo criou o famoso jogo Matrix, vejam vocês, que conta a história vivida (será?) ou não por ele nos longas anteriores.


Claro, os agentes estão de volta, reviravoltas no que tínhamos como já estabelecido na mitologia, o retorno de alguns velhos conhecidos, e, claro, a ausência de outros… ainda assim, em uma história muito bem amarrada, com uso da característica metalinguagem sobre nosso tempo, a vida frenética das cidades, um texto muito inteligente, e que atualiza de maneira certeira os mecanismos anteriormente vistos, e hoje datados pela tecnologia, e a própria trama em si, que, sim, consegue surpreender.


Aliás, falando em tecnologia, um parêntese. O Matrix original, em 1999, revolucionou os efeitos especiais no cinema. Obviamente, em pleno século 21, eles já não chamam a mesma atenção, e este novo Matrix tem, neste quesito, o primeiro Matrix como seu principal parâmetro. E adversário. Mas, fique tranquilo, os novos efeitos estão tão fantásticos quanto os originais e, se já não revolucionam como antes, não deixam a peteca cair, trazendo para as telas toda a beleza e realismo que este próprio universo criou.


PARA FÃS


É necessário que se diga, até para mantermos a honestidade deste colunista com você, prezado leitor, Matrix 4 precisa ser visto obrigatoriamente após os longas anteriores. Você pode até tentar assisti-lo sem este conhecimento prévio, mas certamente não vai entender muita coisa. E, ao contrário do que muitas outras franquias vêm fazendo, de só levar em consideração os filmes originais, como Halloween e os Caça-Fantasmas, por exemplo, aqui todos os três longas anteriores são considerados, não só com dezenas e dezenas de referências, mas também com muitos flashbacks. Portanto, assista a Matrix, Matrix Reloaded e Matrix Revolutions antes de ir ao cinema. Todos estão disponíveis na HBO Max.


Outra questão importante: apesar de o filme ter me agradado, sim, até mais do que o esperado, admito, ele não escapa de um problema já conhecido na franquia, em especial no segundo e terceiro longas: a “barriga”. É, esta produção tem aquela famosa parte da barriguinha, com intermináveis diálogos que acabam freando a já elogiada ação do filme, que, quando tem espaço, brilha. Mas nossa amiga Lana poderia ter economizado um pouquinho no blá-blá-blá…


Dito isto, fica a recomendação de que este quarto filme é bom, atualiza de forma orgânica todos os conceitos já estabelecidos neste universo, toca forte a nostalgia com o retorno de personagens tão queridos e que continuam funcionando muitíssimo bem na tela, mas, mesmo com tudo isso, sem dúvida será muito mais apreciado pelos fãs de longa data.


Ainda assim, torço para uma continuidade desta nova direção apresentada neste quarto longa, talvez uma segunda trilogia, quem sabe. Mas tenho minhas dúvidas sobre como a atual geração vai receber a história, seus conceitos… vamos esperar para ver o que acontece.


SERVIÇO


Em Tubarão, The Matrix Resurrections entra em circuito nesta quinta-feira (23) no Cine Show do Farol Shopping, com sessões às 13h30, 14h20 e 17h10, em cópias dubladas, e às 20h, com versão legendada (estes horários não se aplicam aos dias 24 e 25, devido ao horário especial de Natal do shopping).


Esta programação se refere à primeira semana de exibição, consulte o cinema para outros horários. E lembre-se: goste você ou não, It’s time to go back to the Matrix!



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