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Em noite agitada, com direito a briga entre atores, CODA leva Oscar 2022

28/03/2022 08h06

A cerimônia de entrega da 94ª edição do Oscar foi, no mínimo, inusitada. Sob diversos aspectos. Pela primeira vez, um filme lançado primeiramente em streaming levou o principal prêmio da noite. E não, não foi a Netflix. Aliás, tá difícil a gigante do setor conseguir tal feito. Tivemos ainda momentos de homenagem a grandes produções, como Pulp Fiction e O Poderoso Chefão. Pela primeira vez, oito categorias foram premiadas em off, ou seja, fora da transmissão oficial. E claro, o ponto alto, a “bolacha” de Will Smith em Chris Rock, ao vivo, perante o mundo inteiro. A noite foi agitada…

CHEGOU A VEZ DO STREAMING


Pela primeira vez na história do Oscar, o prêmio de Melhor Filme foi vencido por uma produção lançada originalmente em um serviço de streaming, o Apple TV Plus. CODA: No Ritmo do Coração (CODA, Apple, EUA/2021) foi descoberto no festival de Sundance, sendo produzido de forma independente. A Apple, em uma grande percepção, reconheceu o potencial do longa e o arrebatou por 25 milhões de dólares, garantindo assim o direito de lançá-lo no seu catálogo e nos cinemas dos Estados Unidos, além de, posteriormente, negociar o direito de exibição com a Amazon Prime Video no resto do mundo. Tiro certeiro. CODA levou, além do prêmio máximo da noite, as estatuetas de Melhor Ator Coadjuvante, para Troy Kotsur, merecido demais, e Melhor Roteiro Adaptado. Ou seja, venceu nas três categorias em que foi indicado. Era minha torcida, fiquei feliz.


Por outro lado, a Netflix e seu Ataque dos Cães (The Power of the Dog, Neflix, EUA/2021), com 12 indicações, incluindo a de Melhor Filme, levou apenas o prêmio de Melhor Direção, para Jane Campion. Alguns críticos defendem que existe uma certa má vontade da Academia com a gigante. Será?

   

HOMENAGENS


Outro grande momento da cerimônia foi a homenagem feita, com a presença dos elencos principais, a grandes filmes da história do cinema, como Pulp Fiction, com a presença de Samuel L. Jackson, Uma Thurman e John Travolta, que, claro, repetiram a clássica cena da “dancinha” no palco; Juno, representado na cerimônia por Jennifer Garner, J.K. Simmons e Elliot Page (na época do filme Ellen Page); e O Poderoso Chefão, com a subida ao palco de ninguém menos do que Robert De Niro, Al Pacino e do diretor Francis Ford Coppola. Momento marcante!


Mas, como nem tudo são flores, a escolha da produção em entregar a premiação para oito categorias - a maioria, técnicas, e vencidas por Duna - antes mesmo da transmissão ter início não foi bem recebida pelo público, pelas reações vistas nas redes sociais. Até porque a ideia de inserir a entrega destes prêmios de forma editada a cada volta dos comerciais quebrou o ritmo da transmissão e confundiu não só aos espectadores como até alguns apresentadores das emissoras que exibiram a solenidade. Tem que ser repensado para o ano que vem. Ficou ruim.


TRETA DAS BOAS!


Mas nada, nada mesmo, nem sequer os maiores roteiristas do mundo, presentes ali, poderiam ter orquestrado o que se viu quando, para anunciar o vencedor da categoria Melhor Documentário, o ator Chris Rock subiu ao palco. Conhecido por comédias de gosto duvidoso, Rock falava algumas coisas sem nexo, como de costume, quando, de repente, se referiu à esposa de Will Smith, a também atriz Jada Pinkett Smith, dizendo, em forma de “piada”, que ela poderia fazer o papel principal de “G.I Jane 2”, se referindo a uma imaginária continuação para o filme G.I. Jane, aqui no Brasil “Até o Limite da Honra”, de 1997, estrelado por Demi Moore, onde interpretou papel de uma soldado, que tinha o cabelo raspado. Na visão de Chris Rock, a piada faria sentido porque Jada apareceu na cerimônia com o cabelo raspado, bem parecido com o de Moore no filme. Acontece que a esposa de Will Smith não está se preparando para um novo papel. Ela sofre de uma doença autoimune chamada alopecia, que causa a perda de cabelo.


Nesta hora, a câmera da transmissão mostrou a insatisfação de Jada com a piada de Rock, e, quando a mesma voltou a focalizar o comediante, Will Smith já se dirigia a ele, e, pegando o mundo inteiro de surpresa, deu-lhe um soco, ou, para alguns, um tapa, na cara de Chris, que ficou sem reação. Ele e todos os que estavam no teatro. Ao voltar a seu lugar, Will, aos berros, disse que era pra Chris nunca mais falar o nome de sua esposa. “Nunca mais coloque o nome da minha esposa na p… da sua boca!”, esbravejou. O climão ficou instaurado pelo resto da cerimônia.


Na internet, a discussão era se a cena era falsa ou real. Quando voltou ao palco para receber sua estatueta de Melhor Ator, por King Richard: Criando Campeãs (King Richard, Warner, EUA/2021), Will Smith se emocionou, disse que o filme mostrou a ele como é importante defender e lutar pela família, que vivia um período sensível e se desculpou aos outros indicados, aos presentes e ao público, mas não a Chris Rock. Treta das grandes.


Por essas e por outras, a cerimônia do Oscar em 2022 vai ficar marcada como um show pouco inovador, que pode melhorar, e que trouxe um episódio que ainda deve reverberar em Hollywood, e no mundo, por um bom tempo.


Abaixo, você confere a relação completa dos ganhadores, e onde as produções premiadas podem ser assistidas.


    

OSCAR 2022


MAQUIAGEM E CABELO – Os Olhos de Tammy Fae (a partir de 6 de abril no Star Plus)


MELHOR SOM – Duna (HBO Max)


MELHOR TRILHA SONORA – Duna


MELHOR EDIÇÃO – Duna


MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO – Duna


MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO – The Windshield Wiper (You Tube)


MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM – The Queen of Basketball (You Tube)


MELHOR CURTA-METRAGEM – The Long Goodbye (You Tube)


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor) – Disney Plus


MELHOR FOTOGRAFIA – Duna


EFEITOS ESPECIAIS – Duna


MELHOR ANIMAÇÃO – Encanto (Disney Plus)


MELHOR ATOR COADJUVANTE – Troy Kotsur (No Ritmo do Coração) – Amazon Prime Video


MELHOR FILME INTERNACIONAL – Drive My Car (Japão) – A partir de 1º de abril no Mubi


MELHOR FIGURINO – Cruella (Disney Plus)


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL – Belfast (cinemas)


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO – No Ritmo do Coração


MELHOR DOCUMENTÁRIO – Summer of Soul (Chega em data a ser confirmada no Star Plus)


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL – No Time To Die (007: Sem Tempo Para Morrer) – Apple TV Plus


MELHOR DIREÇÃO – Jane Campion (Ataque dos Cães) - Netflix


MELHOR ATOR – Will Smith (King Richard: Criando Campeãs) – HBO Max


MELHOR ATRIZ – Jessica Chastein (Os Olhos de Tammy Fae)


MELHOR FILME – Coda: No Ritmo do Coração




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