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Amor e Monstros

11/05/2021 08h41

Lançado internacionalmente pela Netflix no mês de abril passado, “Amor e Monstros” (Love and Monsters, Paramount, 2020) chamou a atenção quando foi indicado ao prêmio de efeitos visuais no último Oscar. E, de fato, tal indicação se justifica. Mas o filme é muito mais do que isso, e se configura em uma mistura de gêneros bastante agradável que torna o longa uma das melhores surpresas do catálogo da gigante do streaming.


UM APOCALIPSE DIFERENTE


A trama parte de um ponto muito explorado no cinema: o fim do mundo. Um asteroide, de nome Ágata-616, ruma em direção à Terra, e o impacto é iminente. Mas aí vem a novidade na premissa desta obra: a humanidade conseguiu destruir o asteroide, com milhares de foguetes disparando toneladas de armas nucleares contra a rocha espacial, que se fragmenta por inteiro, e o planeta está a salvo… ou não, pois vários destroços do asteroide, aliados a resquícios de radiação do arsenal usado caem na Terra e atingem milhares e milhares e milhares de insetos ao redor do globo, que sofrem mutações e tornam-se monstros gigantescos, o que, aí sim, causa o extermínio quase que total da raça humana. Poucos sobrevivem, e estes se refugiam em colônias subterrâneas, em bunkers.


Neste contexto, conhecemos Joel, interpretado por Dylan O’Brien, de “Maze Runner”, um rapaz um tanto quanto atrapalhado que vivia com um grupo de pessoas em um destes refúgios, e, por sete anos, praticamente se via renegado a fazer o jantar e cuidar da simpática vaquinha que servia de doadora de leite da turma. Mas ele nutre, ao longo desse tempo, uma saudade de sua namorada, ficante, rolinho, enfim, não fica muito clara a natureza de sua relação com Aimée, papel de Jessica Henwick (conhecida por “Punho de Ferro”), e que ele descobre, em uma de suas várias incursões pelo rádio, que ela está não só viva, como perto, em uma comunidade a 135 quilômetros de distância. Pronto, é o suficiente para que nossa aventura comece, com Joel se arriscando pelo inóspito mundo dos monstros para chegar à sua amada.


VÁRIOS GÊNEROS


O grande trunfo de “Amor e Monstros”, a meu ver, é a mistura de gêneros que é implantada ao longa pelo diretor Michael Mattews, passando pela comédia, a aventura, o drama, e até uma pitada de suspense, de uma maneira muito bem equilibrada, de forma que a história se desenvolva muito fluida, agradável ao espectador, transformando a experiência aqui naqueles típicos filmes “gostosinhos”, no melhor estilo Sessão da Tarde (dos bons tempos, diga-se).


Outro achado da trama recai sobre os coadjuvantes, a começar por Michael Rooker, conhecido do grande público por viver o Youndú, de Guardiões da Galáxia, da Marvel, e que aqui faz um andarilho que, ao lado da adorável menininha vivida por Ariana Greenblatt, tem importante papel dentro da trajetória de Joel. E claro, não se pode ignorar o valente “Garoto”, o cachorro que o protagonista encontra e que logo torna-se seu fiel escudeiro, e grande companheiro de aventuras.


FÁCIL IDENTIFICAÇÃO


O carisma dos personagens é o principal chamariz que o longa usa para agradar ao público, pois é muito fácil, e orgânico, nos identificarmos não só com Joel, mas com todas as outras figuras que esbarram em seu caminho, cada um com sua característica própria, sua particularidade, o que, em algum momento, toca o espectador, que chega ao fim da projeção com o espírito leve, satisfeito, e com um grande sabor de “quero mais”! Da mesma forma, os monstros são um capítulo à parte, muito bem feitos, realistas, gigantes, e, claro, nojentos, afinal são insetos, não é...


Assim, não perca mais tempo, e, da próxima vez em que acessar a Netflix, selecione sem medo “Amor e Monstros”. Vale muito a pena!



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