Dirigido e roteirizado por Rawson Marshall Thurber, e tido e havido como o filme mais caro já produzido pela Netflix – especula-se algo em torno de 200 milhões de dólares - “Alerta Vermelho” (Red Notice, Netflix, EUA/2021) conta com um elenco principal de primeira grandeza em Hollywood, em uma história digna de uma mistura entre 007, Missão Impossível e Indiana Jones, e que já está disponível no catálogo da gigante do streaming. Vale a pena?
ELENCO ROUBA A CENA
Com uma trama que tem ladrões de arte tentando roubar os preciosos e míticos ovos de Cleópatra, o longa tem, isso sim, um elenco que rouba a cena, com o perdão do inevitável trocadilho. Dwayne Johnson, Ryan Reynolds e Gal Gadot estão impecáveis nos papéis do agente John Hartley, do ladrão Nolan Booth e da misteriosa “Bispo”, respectivamente, com atuações que até surpreendem, ainda que dentro das características de cada um. Johnson é o mocinho, Reynolds o alívio cômico e Gadot a “femme fatale”, com destaque para um sarcasmo ainda não visto em seu trabalho até aqui, o que é muito bom. A química entre os três é excepcional e é, de longe, o melhor do filme.
AÇÃO DESENFREADA
A ação permeia toda a trama, com cenas muito bem construídas e filmadas, com um manuseio das câmeras ágil, rápido, de forma a inserir o espectador na imagem e naqueles acontecimentos, que, em uma sala 4D (aquelas com movimentos das poltronas), deixariam o público enjoado.
Em termos de efeitos especiais, à exceção do sofrível touro, são bem convincentes, mostrando ao público onde boa parte do milionário orçamento foi gasto, ao lado, claro, do salário do elenco, não é mesmo?
SERVIÇO
Conforme mencionado, “Alerta Vermelho” foi lançado neste final de semana de forma global pela Netflix, mas, em alguns países, Brasil incluso, o longa foi exibido em alguns cinemas – Tubarão foi agraciada, e o filme esteve em cartaz na última semana no Cine Show do Farol Shopping.
Obviamente, esta estratégia se deve ao fato de a Netflix ter pretensões no circuito de premiações do início do ano, e para evitar aquela polêmica chata de que para ser indicada a produção precisa ter sido exibida em cinemas, a gigante do conteúdo sob demanda se antecipou.