É imenso o planeta Terra.
É minúsculo o meu pedacinho de terra.
Construo uma casinha.
Pinto da cor preferida.
Formo uma família.
Adoto cãezinhos de rua.
Planto árvores frutíferas e cultivo belas flores coloridas.
...
O tempo passa e me envolve devagarinho.
A cada nova visita ao espelho, o reflexo de outra pessoa. Até que um dia: os olhos cerram, a respiração cessa, sono eterno.
Sou reduzido a uma fotografia disposta na estante da sala. O tempo, impiedoso, corrói a fotografia e sutilmente apaga as vagas lembranças da minha existência da memória dos entes que ficaram, e esses, também se vão.
...
Meu pedacinho de terra é repassado para outro temporário proprietário. Ele desfaz tudo o que construí e refaz do seu jeito. Efêmera mudança, pois o tempo não para de promover transições.