Há dois anos Tubarão via seu prefeito e vice-prefeito presos, após a delação de um empresário preso na Operação Mensageiro. Joares Ponticelli foi solto quatro meses depois, em junho de 2023, e renunciou ao cargo no mês seguinte. Caio Tokarski também renunciou em julho, mas só foi solto em setembro daquele ano. Os dois ainda aguardam o julgamento.
Nem vou entrar mais no mérito se as prisões foram justas ou injustas, mas hoje não se tem dúvidas que o afastamento repentino de prefeito e vice ao mesmo tempo representou para Tubarão um prejuízo econômico maior do que o causado pela enchente de 1974. Atingiu até a autoestima da população, tema explorado na campanha eleitoral.
O fato é que a cidade viveu durante a gestão deles um ciclo de prosperidade econômica que levou à reeleição da dupla em 2020 com quase 70% dos votos e, há dois anos, Tubarão perdeu o prumo e o rumo. Hoje só se fala em dívida, em cortes. É de se perguntar: por que tudo funcionava com Joares e Caio e depois tudo parou? Os dois eram mágicos?
Não se pode esquecer que, quando assumiram a prefeitura, eles pegaram uma cidade arrasada pelo vendaval de outubro de 2016, além de uma prefeitura inerte, após uma gestão desastrada do PT. Logo no início, lançaram a licitação dos acessos da cidade, o que foi apenas o começo de uma transformação que levou Joares a ser cotado ao governo do Estado.
Torcemos para que a nova gestão faça mais por Tubarão do que a de Joares/Caio, mas até agora a grande marca foi espantar mendigo da rua. Hoje só se fala em dívida herdada, e nenhuma obra é lançada. Falta dar início de fato à gestão, que é o que todo mundo espera – e cadê os recursos prometidos pelo governador? Não seriam 1000 vezes mais?
Receba outras colunas direto em seu WhatsApp. Clique aqui.