Uma mãe que tem seu filho internado na UTI do hospital Unimed de Tubarão não poderá visitá-lo, se o pai já o tiver feito naquele dia. Se a mãe visita o filho, o pai, certamente descartável na visão tosca dos administradores desse hospital, só poderá visitar seu filho no dia seguinte, mas sem a presença da mãe.
Da mesma forma, filhos não podem visitar seu pai ou mãe eventualmente internados na dita UTI. Se eles não forem chineses e tiverem, como é normal aqui no Ocidente, mais de um filho, esses terão de sortear entre si qual deles terá a ventura de dizer, talvez, um último adeus a seu familiar doente terminal.
Essa determinação burra, esdrúxula e até sádica deve ter sido tomada por um desses médicos cloroquiners, como aquela japonesa de cabelo desgrenhado que recomendava remédio para malária para tratar covid. Não é possível que em Tubarão, uma cidade considerada polo de saúde, siga esse absurdo.
Não se está falando aqui da UTI covid, cujas restrições são justificadas, mas da UTI para pacientes com outras doenças. Restringir visitas para um único familiar por dia é norma que precisa ser revista. Fala-se muito em atendimento humanizado na saúde. Nesse caso, falta humanidade ao hospital Unimed.