O presidente Jair Bolsonaro esteve em Santa Catarina neste sábado (4) para ver de perto os estragos cometidos pelo ciclone bomba, que atingiu 165 cidades catarinenses nessa semana e matou 10 pessoas. Chegou às 8h30, sobrevoou de helicóptero Tijucas e Governador Celso Ramos, e voltou para o aeroporto. A vinda dele era aguardada com grande expectativa pelo governador Moisés, na esperança de que o presidente anunciasse recursos e medidas que possam ajudar na reconstrução que se faz necessária em muitas cidades do Estado.
No aeroporto, Bolsonaro fez uma breve reunião com autoridades do Estado, onde manifestou a sua solidariedade com as famílias atingidas. Mas não anunciou o mais importante: o total de recursos que serão destinados ao Estado. O presidente voltou para Brasília às 10h30 sem falar com a imprensa, após as fotos e selfies de praxe, que alimentarão as redes sociais dos políticos locais que lhe dão apoio. E teve tempo para tuitar uma mensagem: “Que Deus conforte as famílias das vítimas desta e de toda situação que o país atravessa atualmente!”.
De fato, pra usar uma expressão das redes sociais, só Deus na causa. Se depender de nosso ilustríssimo presidente, estamos todos largados à própria sorte. A pressa do presidente tem uma explicação. Ele tinha um almoço com o embaixador norte-americano, ministros e os filhos para comemorar a independência dos Estados Unidos. Uma comemoração que aglomerou pessoas, sem máscara, lembrando que não bastam nossas tragédias naturais causadas pelo aquecimento global. Temos uma outra tragédia, essa nacional – que teve o voto da maioria.