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BLOGS E COLUNAS

Paciência de monge

08/01/2022 17h45

Nos mosteiros ao redor de Tóquio, algumas filosofias budistas, como a zen, têm na faxina algo sagrado. Os monges acordam e a primeira tarefa do dia é limpar as dependências do templo sagrado, não importando o quão limpo ele esteja.


Há quem diga que monges experientes atingiram o nirvana ao limpar o chão do banheiro.


Aliás, o banheiro é algo curioso. Ele é tido como o reflexo da residência.


Nos mosteiros japoneses eles são limpos à exaustão. Não se pode deixar, sequer, impressões digitais. Faz-se isso, pois, como se trata de um local de irrestrita privacidade, ele precisa estar limpo o suficiente para passar tranquilidade e, ao mesmo tempo, intimidar quem o utiliza.


Se o banheiro estiver extremamente limpo, quem usá-lo o fará com cuidado, com respeito e o deixará da mesma forma para o próximo monge. Não é à toa que os banheiros públicos – que em sua grande maioria são sujos – continuarão sujos.


O ser humano é assim, segue exemplos. Se um presidente anda de jet-ski e se afoga com camarões graúdos em Santa Catarina, muita gente continuará fechando os olhos para os principais problemas do país.


Se esse mesmo presidente faz reiteradas campanhas antivacina, não faltarão energúmenos contrariando a ciência mundial e os fatos cada vez mais claros dos seus benefícios.


A presidência de um país é como o banheiro da nossa casa. Os cuidados do cargo deveriam ser tratados com a sabedoria de um monge japonês educado na filosofia zen. 


Porém, se ele é sujo igual a um banheiro público, nada adiantará exigirmos que a sala esteja limpa.


A 3ª VIA AFUNDA


O ex-juiz Sérgio Moro era tido como o nome para derrubar o atual presidente, Jair Bolsonaro, e seu principal opositor, Luiz Inácio Lula da Silva. Após um início efusivo, a campanha de Moro estagnou diante de um discurso raso e pouco empolgante.


A menção de que o presidente do PSL, Luciano Bivar, possa ser o seu vice, caiu como um balde de água fria no colo dos moristas.


Bivar, em 2019, foi indiciado pela Polícia Federal por utilizar e lucrar com candidaturas laranjas.


Se continuar agindo como se fosse um Bolsonaro moderado, Sérgio Moro dificilmente romperá a barreira do primeiro turno.


LOUCURA


Fui fazer o teste do covid e fiquei impressionado com a quantidade de pessoas que chegavam a cada minuto. Aqui em casa, estamos em grande parte positivados. Permaneceremos isolados por 10 dias conforme recomendação médica. O importante é que estamos todos bem e, como dizem, a vacina salva.


LOUCURA II


O que me aflige é que ao relatar para pessoas próximas sobre a minha situação, pude notar que há uma imensa quantidade de pessoas com os mesmos sintomas e que continuam indo aos supermercados, atendendo no comércio, participando de churrascos, como se fosse uma mera gripezinha.


Se continuarmos agindo irresponsavelmente, dificilmente sairemos desse buraco.


SEM LÓGICA


A capital de Santa Catarina cancelou o Carnaval de 2022. Não vejo qualquer lógica em cancelar um evento dessa magnitude estando os shoppings centers lotados, bares e restaurantes liberados, e todo tipo de aglomeração em qualquer lugar desse Estado. Se é para tomar medida dessa envergadura, que se tome contra todos.


PERDEMOS A NOÇÃO


O que leva pais a colocarem uma criança de 7 anos na condução de um veículo de brinquedo em via pública no meio de outros veículos maiores? E pior, posarem de vítimas ao serem abordados corretamente pelos policiais militares? O mundo está a cada dia mais sem noção.


DE CHORAR


A possibilidade de Lula voltar ao poder gerou uma série de ações dos petistas que deixam qualquer um de cabelo em pé. A volta do ex-ministro Guido Mantega, dito por Palocci ter sido o elo das propinas do partido, é angustiante.


Mantega, com a sua passividade – é chamado de banana por muitos economistas – entregou um país à beira do abismo econômico enquanto o mundo inteiro prosperava.


DE CHORAR II


Outro ponto é o retrocesso em políticas públicas de sucesso como a reforma trabalhista. Lula e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foram às redes citar a Espanha como exemplo para propor a revogação da reforma e as centrais sindicais adoraram o discurso. Em pouco tempo, já deu para perceber que o Partido dos Trabalhadores tenta voltar ao poder com os mesmos erros do passado.


Diante desse modelo fracassado e já conhecido do povo brasileiro, a liderança de Lula nas pesquisas só nos faz concluir que o brasileiro, decididamente, não sabe votar.



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