É natural que os elogios sejam esquecidos quando se é criticado. Dói mais. A questão sentimental aflora em grau muito maior quando somos criticados do que quando recebemos algum afago. Quando escuto a frase “quem critica está torcendo contra a cidade” fico tranquilo por não me servir a carapuça. Elogiei inúmeras vezes a administração municipal. Cheguei a dizer que a obra de revitalização da beira-rio colocará o prefeito Joares na história. Agora, não tenho compromisso em agradar o tempo inteiro. Escrevo para opinar e assim o faço com todo o senso crítico e justiça que consigo.
Críticas II
Críticas III
Críticas IV
Cheguei a ouvir que pouco importa um estudo de mobilidade urbana diante de uma cidade consolidada e mal planejada como Tubarão. Imagine se o então prefeito de Curitiba, o urbanista Jaime Lerner, pensasse dessa forma quando transformou a capital paranaense em cidade modelo para o país.
Críticas V
As contradições são inúmeras, mas uma, em especial, chamou-me a atenção. Em entrevista a uma rádio local e ao ser questionado por um ouvinte se haveria possibilidade de se retirar a viga do vão central da ponte – já que ela é de mão única – o prefeito respondeu que havia tomado a decisão de não mexer na obra até que o estudo de mobilidade urbana definisse o que seria melhor para ajudar a resolver o problema. Vejam: para construir a ponte pouco importa o estudo de impacto na área. Já para tirar a viga é prudente aguardar. Difícil entender.
Críticas VI
Por fim, a nova ponte que ligará Tubarão e Capivari de Baixo será a solução definitiva do trânsito no Acesso Norte da cidade. Toda e qualquer outra medida será paliativa e com poucas possibilidades de resolver o problema das filas (elas podem ser resolvidas de imediato, mas precisamos pensar nas décadas futuras). E chamo a atenção como fiz quando houve o anúncio da Paulo Osny May: para essa nova ponte há contratação de estudos técnicos levando em consideração os próximos 30, 40 ou 50 anos? Caso não tenha, cometerão o mesmo erro de agora.
Desespero
Privatização da Petrobras e do Banco do Brasil na pauta; defesa contundente da CLT como o PT fez há poucos anos; alusão a uma possível queda do preço do botijão de gás pela metade. Pelo discurso distante da realidade que vivemos, vê-se que o sinal de alerta no Palácio do Planalto está ligado no modo “grave”. Os números nas mais diversas pesquisas não são bons e a ofensiva nessa última semana foi com força total. O problema é quando discursos desconexos dos fatos não conseguem mais convencer. Porém, há quem ainda se engane ou se deixe enganar, mas o lado bom é que, hoje, trata-se da minoria.
Terceira via