Sempre que opino ou manifesto fatos neste espaço, meus escritos baseiam-se em opiniões próprias, por uma obviedade.
Minha última coluna causou reação na Prefeitura Municipal de Tubarão, que emitiu notas esclarecendo ou confrontando o que eu havia escrito e, por bem, me sinto no direito de analisá-las.
PREFEITURA I
A respeito da menção que fiz criticando o intenso trânsito no local de vacinação, a Prefeitura foi enfática:
“Antes da opção pelo Farol Shopping, a Fundação promoveu estudos de outros locais, tais como a Arena Multiuso, estádios de futebol e outros do gênero. No entanto, todas as opções mostraram-se incompatíveis com o atendimento adequado para as ações, seja por falta de estrutura adequada, havendo necessidade de adaptações, envolvendo altos custos, seja pela localização, também em locais de grande movimento”.
Bom, se a prefeitura realizou estudos que os levaram a entender que aquele local era o melhor para vacinar a população, devo aceitar o que foi dito e, até mesmo, desculpar-me por alguma expressão indevida, apesar de, até agora, tais informações não estarem à disposição da população.
Aliás, foi nestes termos que questionei o Secretário de Trânsito, Evandro Almeida:
- Ora, não seria mais prudente esclarecer aos tubaronenses quais seriam os motivos da escolha do Farol Shopping para a vacinação? Demonstrar concretamente o porquê da escolha daquele local?
Com a devida informação, tenho certeza, ninguém haveria de contestar. Agora, sem elas, abre-se margem para tal.
PREFEITURA II
Já em outra nota da coluna, demonstrei minhas ressalvas com os encaminhamentos – ou com a falta deles – dados pela Fundação Municipal de Assistência Social e a sua pouca contribuição, principalmente em uma fase de tanta dificuldade social.
Segundo a nota da Prefeitura, “nem o presidente, nem nenhum representante da Fundação Municipal de Desenvolvimento Social foram convidados para a reunião, que repetimos, trata-se de evento de discussão com representantes do Poder Legislativo”;
Ora, a completa ausência de representantes da pasta e, agora, dito pela própria Prefeitura, não terem recebido sequer um convite para o evento, só reforça o momento insosso que passa a Fundação.
Na manifestação, o Paço Municipal continua:
“- Por fim, os termos utilizados pelo colunista como “inexpressividade" do secretário, ou que o mesmo tenha que deixar a pasta, são opiniões particulares do articulista, com as quais não podemos concordar”.
Obviamente, as opiniões que expresso no espaço a que me foi concedido são opiniões particulares e a discordância da administração municipal é natural e sadia.
PREFEITURA III
Por fim, causou-me surpresa ser rebatido por notas oficiais.
Não imaginava que opiniões, sem qualquer tipo de influência ou interesses, fossem refletir em “tom de Shepard”.
Seria melhor não me levarem tão a sério. Não tenho tanta relevância como colunista para receber esse “carinho”.
Ademais, não foram poucos os momentos em que elogiei a Prefeitura e, sempre que possível, assim o farei.
Vivemos em um momento em que a Administração Municipal tem sido pouco questionada por veículos oficiais – aliás, calmaria que mais prejudica do que acrescenta – porém, é fator essencial saber conviver com as críticas e extrair o que há de melhor nelas.
Vivemos em uma democracia e opinar faz parte do jogo. Levar para o confronto desqualifica o debate e soa como coisa de garoto mimado.